quarta-feira, 23 de novembro de 2011

O programa nuclear iraniano

Fonte: Wikipedia.
O país dos aiatolás ganha espaço na mídia novamente. O estopim da vez foi o relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que reforça a suspeita de uma "possível dimensão militar" do programa nuclear do Irã. Entretanto, o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad afirma (mais uma vez) que seu programa nuclear tem apenas objetivos pacíficos.

O programa nuclear iraniano foi lançado na década de 1950, com a ajuda dos Estados Unidos, como parte do programa Átomos para a Paz. Após a Revolução Islâmica de 1979, o governo do Irã abandonou temporariamente o programa, mas acabou relançando-o, embora com menor assistência ocidental. Em 1995, através de um acordo com a Rússia, o programa nuclear do Irã voltou a ganhar forças. No entanto, somente com a eleição, em 2005, de Mahmoud Ahmadinejad, fundamentalista islâmico conservador, o país deixou o mundo Ocidental e Israel com receio dos possíveis fins bélicos desse programa.

Fonte: O Estado de São Paulo.
De acordo com o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), somente os países que explodiram a bomba atômica antes de 1° de janeiro de 1967 (Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França) têm o direito de possuírem esse tipo de armamento. Porém, algumas nações não autorizadas (Índia, Coreia do Norte, Paquistão e talvez Israel) possuem armas nucleares. E o Irã pode ser o próximo da lista.

Todo esse rebuliço acontece, na realidade, porque o Irã, que é signatário do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), insiste em desenvolver instalações nucleares "secretas", isto é, sem divulgá-las previamente à AIEA (isso ocorreu, por exemplo, em 2009, com a segunda usina de enriquecimento de urânio do país). Juntando isso com os testes de mísseis iranianos já realizados, com a "pressão contra" de Israel e dos Estados Unidos e com outras suspeitas bélicas (veja o infográfico) temos o cenário atual apontado pelo relatório da AIEA.

O programa nuclear do Irã foi discutido no programa Painel da Globo News em 12/11/2011:



Diversas resoluções da AIEA e sanções econômicas já foram adotadas contra o Irã. Desde 2006, a agência exige que o país suspenda seu programa de enriquecimento de urânio e permita o acesso livre e sem aviso prévio dos inspetores da AIEA. A resposta iraniana é sempre a mesma: o país não está interessado em armas nucleares e, mesmo com as sanções, não irá abrir mão de seu programa nuclear.

E assim o impasse continua...


Para saber mais:

Programa nuclear iraniano (Sem Fronteiras - 2009). Parte 1 de 2.
Programa nuclear iraniano (Sem Fronteiras - 2009). Parte 2 de 2.
Nem alarmismo nem complacência com o Irã, Leonam dos Santos Guimarães. Opera Mundi.

Nenhum comentário:

Postar um comentário