tag:blogger.com,1999:blog-70468505637932328432024-03-14T06:39:09.719-03:00Nuclear: conhecer para debaterUnknownnoreply@blogger.comBlogger79125tag:blogger.com,1999:blog-7046850563793232843.post-65503110942733382902013-01-11T07:13:00.000-02:002013-01-11T07:13:22.371-02:00A parada de Angra I<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-m56tcuGDgRs/UO9Yf1do4HI/AAAAAAAAAlc/0nxen_5Tzcs/s1600/Angra1.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="283" src="http://4.bp.blogspot.com/-m56tcuGDgRs/UO9Yf1do4HI/AAAAAAAAAlc/0nxen_5Tzcs/s640/Angra1.png" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Usina nuclear Angra 1</td></tr>
</tbody></table>
<br />
A usina nuclear Angra 1 foi desligada do Sistema Interligado Nacional no último Sábado, 05 de Janeiro, para reabastecimento, troca da tampa do reator e inspeção e manutenção de equipamentos e componentes.<br />
<br />
Angra 1, inaugurada em 1975, produz 640 megawatts (MW) de energia, o
que corresponde a cerca de 1% da geração nacional. Embora em meio ao problema dos baixos níveis dos reservatórios das hidrelétricas, o desligamento da usina de Angra 1 já havia sido previamente acordado com o Operador Nacional do Sistema.<br />
<br />
Paradas programadas como esta acontecem a cada 12 meses, aproximadamente, e duram cerca de 35 dias. Esta parada, no entanto, será mais longa que o normal - a previsão é de 56 dias - devido à troca da tampa do reator.<br />
<br />
<br />
<b>TROCA DA TAMPA DO REATOR</b><br />
<br />
A tampa serve para fechar o vaso do reator (dentro do qual ficam os elementos combustíveis) e é uma das barreiras contra a liberação de radiação para fora do reator. É uma peça grande (cerca de 3 metros e meio de diâmetro interno) e pesada (40 toneladas), feita de uma liga metálica muito usada na década de1970: o Inconel 600. Sabe-se hoje, no entanto, que essa liga pode sofrer corrosão sob tensão e, para evitar problemas no longo prazo, a <a href="http://www.eletronuclear.gov.br/Not%C3%ADcias/NoticiaDetalhes.aspx?NoticiaID=914">Eletronuclear</a> resolveu fazer a troca preventiva da tampa. A animação a seguir explica como será feita essa troca.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/CPGB9nfymoQ?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />
<br />
<b>REABASTECIMENTO DO COMBUSTÍVEL</b><br />
<br />
As paradas programadas da usina são importantes para, dentre outras coisas, aproveitar melhor o combustível nuclear. Em cada recarga, troca-se cerca de um terço dos elementos combustíveis do vaso do reator: Angra 1 tem 121 elementos combustíveis dos quais 40 serão substituídos por novos. <br />
<br />
Isso porque dentro do reator nuclear, o combustível "queima" de forma desigual: os elementos combustíveis localizados no centro do reator sofrem mais fissões (ou seja, "queimam" mais) que os elementos da periferia do núcleo. É por isso que trocando-se uma parte dos combustíveis queimados por novos e remanejando os demais, consegue-se aproveitar mais o combustível que não "queimou" tudo o que podia ainda.<br />
<br />
O combustível trocado é transferido para a piscina de combustível usado localizada no prédio do próprio reator. O vídeo a seguir mostra como é feita a troca do combustível de Angra 1.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/roViHIVfZCM?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/fmgHpmdcLAk?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/9TnWBlqb0ic?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />
<br />
<b>CUSTOS E MÃO-DE-OBRA</b><br />
<br />
O custo das paradas da usina Angra 1, correspondente às despesas com pessoal, serviços contratados, equipamentos substituídos e número de dias de paralisação, varia dependendo dos serviços específicos programados para cada uma delas. Segundo a Eletronuclear, os valores das cinco últimas paradas de Angra 1 foram da ordem de R$ 30 milhões a R$ 40 milhões (sem contar a recarga de combustível). Já para a troca da tampa do reator nesse ano, o valor total do investimento é de US$ 27 milhões, englobando a aquisição e a instalação da tampa nova e o armazenamento da antiga.<br />
<br />
Foram contratadas firmas nacionais e estrangeiras que irão
disponibilizar trabalhadores temporários para dar suporte aos
profissionais da Eletronuclear. Durante a fase crítica do
projeto, até 1.500 trabalhadores estarão envolvidos na realização das
atividades planejadas para o período.<br />
<br />
<br />
<b>Para saber mais</b><br />
<br />
<a href="http://www.eletronuclear.gov.br/Not%C3%ADcias/NoticiaDetalhes.aspx?NoticiaID=914">Eletrobras Eletronuclear inicia operação de substituição da tampa do reator de Angra 1 </a><br />
<br />
<br />
<b>Posts relacionados</b><br />
<br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2012/04/brasil-completa-30-anos-de-uso-da.html">Brasil completa 30 anos de uso da energia nuclear com avanços tecnológicos e críticas</a><br />
<br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2012/01/usinas-de-angra-batem-recorde-de.html">Usinas de Angra batem recorde de geração em 2011</a> <br />
<br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2011/04/fissao-nuclear-e-o-processo-pelo-qual.html">Um pouco de fissão nuclear</a><br />
<br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2011/04/como-funcionam-os-reatores-nucleares.html">Como funcionam os reatores nucleares?</a>Unknownnoreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-7046850563793232843.post-4156098620918706482012-12-04T20:03:00.000-02:002012-12-04T20:07:52.680-02:00E o navegador italiano chegou ao novo mundo!<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-wc_qQ9DuVqs/UL5ZFK3cLfI/AAAAAAAAAkY/OEwGKWYhiQI/s1600/FermiStandingLarge.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/-wc_qQ9DuVqs/UL5ZFK3cLfI/AAAAAAAAAkY/OEwGKWYhiQI/s320/FermiStandingLarge.jpg" width="257" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Dr. Enrico Fermi</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: left;">
Em 02 de Dezembro de 1942 "o navegador italiano chegou ao novo mundo! E os nativos eram amigáveis!" Foi assim, em código, que os governantes norte-americanos em Washington ficaram sabendo do sucesso do experimento conduzido pelo físico italiano Enrico Fermi.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Há 70 anos atrás, Enrico Fermi e sua equipe conseguiram, pela primeira vez na História da Humanidade, sustentar uma reação de fissão em cadeia de forma controlada! Esse experimento, conhecido como pilha número 1 de Chicago (ou <i>Chicago Pile 1</i>, em inglês) foi montado em uma quadra abandonada na Universidade de Chicago e pode ser considerado o primeiro reator nuclear feito pelo homem.</div>
<br />
O experimento consistia em blocos de grafite, semi-esferas de óxido de urânio e de urânio metálico e barras de cádmio empilhados de forma organizada. As primeiras e últimas camadas continham apenas blocos de grafite e formavam a base e o topo da pilha. Já nas camadas intermediárias, alternavam-se camadas de grafite contendo semi-esferas de urânio e camadas contendo grafite apenas, como mostra a figura abaixo. <br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-UpOIa8qt8Os/UL5Xoik8AKI/AAAAAAAAAkI/am8XWIxozyQ/s1600/CP1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="640" src="http://2.bp.blogspot.com/-UpOIa8qt8Os/UL5Xoik8AKI/AAAAAAAAAkI/am8XWIxozyQ/s640/CP1.jpg" width="507" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Camadas intermediárias da pilha número 1. Fonte: <a href="http://photoarchive.lib.uchicago.edu/db.xqy?keywords=apf2-00502">Arquivo da Universidade de Chicago</a>.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
Na época, esse experimento custou cerca de 2,7 milhões de dólares pagos
com os recursos do <a href="http://conhecerparadebater.blogspot.fr/2011/09/o-projeto-manhattan-em-filmes.html">Projeto Manhattan</a>, o projeto que desenvolveu as
primeras bombas atômicas. Na figura abaixo, é possível ter uma ideia melhor do tamanho desse experimento. Ao todo foram 56 camadas empilhadas com 350 toneladas de grafite puro, 36,3 toneladas de óxido de urânio e 5,4 toneladas de urânio metálico. A pilha final tomou a forma de um elipisóide achatado com aproximadamente 7,6 metros de altura e 6,1 metros de largura.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-7pbJg1jXa_k/UL5Xt4FBwQI/AAAAAAAAAkQ/XN_6dGcLi2Q/s1600/ModeloCP1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="508" src="http://2.bp.blogspot.com/-7pbJg1jXa_k/UL5Xt4FBwQI/AAAAAAAAAkQ/XN_6dGcLi2Q/s640/ModeloCP1.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
O processo da <a href="http://conhecerparadebater.blogspot.fr/2011/04/fissao-nuclear-e-o-processo-pelo-qual.html">fissão nuclear</a> funciona mais ou menos assim: o urânio-235 é um núcleo atômico meio instável. Quando ele captura um nêutron que estava "dando sopa" perto dele, essa instabilidade do urânio-235 cresce bastante a ponto de não ser mais possível segurar todos os prótons e nêutrons do núcleo juntos. Esse nêutron extra faz o núcleo de urânio-235 "perder as estribeiras"! O núcleo acaba então se dividindo, formando núcleos mais leves (isto é, com menos prótons e nêutrons) e liberando alguns nêutrons. Esses nêutrons passam a vagar livremente, podendo ser capturados por outros núcleos de urânio-235, o que, por sua vez, ocasionam mais fissões nesses núcleos, liberando mais nêutrons e por aí vai!<br />
<br />
Como cada fissão libera entre 1 e 3 nêutrons, mais e mais reações de fissão vão acontecendo com o passar do tempo. Chamamos isso de reação em cadeia. O que o experimento de Fermi mostrou foi que essa reação em cadeia pode ser controlada, ou em outras palavras, o número de fissões ao longo do tempo pode ser controlado. <br />
<br />
No experimento, ao adicionar os blocos de grafite, Fermi pensou em uma forma de aumentar a chance das fissões do urânio-235 acontecerem. Isso porque a chance de um núcleo de urânio-235 capturar um nêutron é maior quanto mais devagar esse nêutron se deslocar. Os nêutrons que são liberados na fissão têm energias cinéticas muito altas, ou seja, viajam com velocidades altissímas. Quando esses nêutrons apressadinhos interagem com o grafite, eles acabam perdendo energia e são freados. Dizemos que os blocos de grafite servem como moderadores dos nêutros rápidos.<br />
<br />
Já as barras de cádmio, inseridas no meio dessa pilha, eram usadas para controlar a reação em cadeia. Isso porque o cádmio é um excelente absorvedor de nêutrons (mas ele não sofre fissão como o urânio-235). Ora, com menos nêutrons "no mercado" disponíveis para a fissão do urânio-235, a reação nuclear não se sustenta e o número de fissões vai caindo com o tempo. E acontece o contrário se retirarmos a barra da pilha, isto é, as fissões aumentam. É por isso que as barras de cádmio permitem que controlemos a reação em cadeia! <br />
<br />
De fato, a criticalidade da pilha (termo usado para dizer que a reação em cadeia se sustenta) foi obtida retirando-se de pouco em pouco as barras de controle. No esquema abaixo, vemos um homem retirando manualmente a barra de controle da pilha!<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-BLAjiHJWqCg/UL5oJDti4tI/AAAAAAAAAks/FqAD3WlbF94/s1600/EsquemaCP1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="312" src="http://1.bp.blogspot.com/-BLAjiHJWqCg/UL5oJDti4tI/AAAAAAAAAks/FqAD3WlbF94/s640/EsquemaCP1.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Esquema do experimento. Fonte: <a href="http://photoarchive.lib.uchicago.edu/db.xqy?one=apf2-00503.xml">Arquivo da Universidade de Chicago</a>.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
Observe ainda que havia um outro conjunto de barras na parte de cima da pilha. Essas eram as barras de segurança! Caso alguma coisa desse errado, um homem posicionado no balcão superior cortaria a corda que segura as barras com um machado(!) e estas cairiam no núcleo, interrompendo a reação em cadeia. Isso, inclusive, parece ser a origem do termo SCRAM, termo usado até hoje para o desligamento de emergência dos reatores nucleares: SCRAM é o acrônimo de "Safety Control Rod Ax Men" (algo como "homem do machado para as barras de segurança"). <br />
<br />
O vídeo a seguir (em inglês) foi lançado esse ano pelo Laboratório Nacional de Argonne em comemoração aos 70 anos do experimento e traz o relato de pessoas que trabalharam para alcançar a primeira reação em cadeia controlada da história da humanidade. <br />
<br />
<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="360" src="http://www.youtube.com/embed/0tKf7R2XncM?rel=0" width="640"></iframe>
<br />
<br />
<b>Para saber mais:</b><br />
<br />
<a href="http://photoarchive.lib.uchicago.edu/db.xqy?keywords=atomic+pile">Arquivo fotográfico da Universidade de Chicago</a><br />
<br />
<a href="http://web.archive.org/web/20101122183641/http://www.cfo.doe.gov/me70/manhattan/cp-1_critical.htm">CP-1 goes critical</a><br />
<br />
<br />
<b>Posts Relacionados:</b><br />
<br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.fr/2011/09/o-projeto-manhattan-em-filmes.html">O Projeto Manhattan em filmes</a><b><a href="http://conhecerparadebater.blogspot.fr/2011/09/o-projeto-manhattan-em-filmes.html"> </a></b><br />
<br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.fr/2011/04/fissao-nuclear-e-o-processo-pelo-qual.html">Um pouco de fissão nuclear</a><br />
<br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.fr/2011/04/como-funcionam-os-reatores-nucleares.html">Como funcionam os reatores nucleares?</a><br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7046850563793232843.post-35540963316080129532012-08-05T21:17:00.000-03:002012-08-05T22:05:26.064-03:00Todo azul, azul da cor do mar!<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-GT9kMyoT3m8/UB7oN_wyT7I/AAAAAAAAAjQ/Eh-shixrym4/s1600/ATR.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-GT9kMyoT3m8/UB7oN_wyT7I/AAAAAAAAAjQ/Eh-shixrym4/s320/ATR.jpg" width="243" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Reator de pesquisa ATR</td></tr>
</tbody></table>
Taí uma bela imagem do núcleo do reator de pesquisa <a href="http://www.inl.gov/featurestories/2004-11-01.shtml">ATR (Advanced Test Reactor)</a>, do Laboratório Nacional de Idaho, nos Estados Unidos.<br />
<br />
O fantástico brilho azul que vemos na imagem ao lado é conhecido como <b>Radiação Cherenkov </b>(ou Cerenkov ou Tcherencov). Essa radiação eletromagnética é produzida quando partículas carregadas, como os elétrons, deslocam-se em um meio com velocidades maiores que a da luz nesse meio!<br />
<br />
Esse fenômeno foi observado pela primeira vez em 1934 pelo cientista russo Pavel Cherenkov que percebeu um brilho azulado em uma garrafa de água sujeita a um bombardeamento radioativo. Esses estudos renderam-lhe o <a href="http://www.nobelprize.org/nobel_prizes/physics/laureates/1958/">prêmio Nobel em 1958</a>, juntamente com Vavilov (seu supervisor na época) e Frank e Tamm que forneceram a explicação formal do fenômeno.<br />
<br />
Veja a imagem abaixo para entender melhor como isso funciona. À medida que uma partícula carregada se desloca em um meio, ela perturba o campo eletromagnético local desse meio. Como resultado, os elétrons ligados aos átomos do meio são levemente deslocados, tornando tais átomos temporariamente polarizados pela passagem da partícula carregada. Quando os átomos voltam à sua configuração normal, eles emitem fótons para se livrar do excesso de energia que a passagem da partícula carregada ocasionou em suas configurações eletrônicas.<br />
<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-f5UqjqKx8T0/UB744zhj9qI/AAAAAAAAAjs/rRl4mpiWUJU/s1600/electronCherenkov.gif" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="355" src="http://4.bp.blogspot.com/-f5UqjqKx8T0/UB744zhj9qI/AAAAAAAAAjs/rRl4mpiWUJU/s400/electronCherenkov.gif" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Polarização causada por um elétron livre deslocando-se a velocidades maiores que a da luz no meio. Nesse caso, os elétrons ligados aos átomos tendem a se afastar do elétron livre, produzindo uma polarização temporária nos átomos do meio.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
Os reatores nucleares refrigerados a água leve são ambientes bastante favoráveis para a produção dessa radiação, pois nos reatores há partículas carregadas circulando para todos os lados. E os elétrons, em especial, por serem bastante leves, podem atingir velocidades altissímas, maiores que a da luz da água!<br />
<br />
Elétrons são produzidos de diversas maneiras nos reatores nucleares. Eles podem, por exemplo, ser emitidos pelos <a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2011/03/be-ba-nuclear-radioisotopos-radiacao.html">produtos de fissão instáveis</a> - aqueles elementos químicos que são formados após a fissão nuclear mas ainda não atingiram uma configuração de equilíbrio. Mas, para tais elétrons produzirem essa radiação azul, é necessário que eles se desloquem pela água com velocidades superiores a 225 mil kilômetros por segundo - a velocidade da luz na água. <br />
<br />
Note que isso não viola a famosa lei da Física de que nada viaja mais rápido que a luz <b><u>no vácuo</u></b>! Embora a velocidade da luz no vácuo seja aproximadamente igual a 300 mil kilômetros por segundo, quando a luz se desloca em <u><b>um meio</b></u>,
sua velocidade pode ser bem menor do que isso e algumas partículas podem atingir velocidades maiores que a da luz no meio!<br />
<br />
Essa alta velocidade produz um efeito bastante curioso: a radiação produzida por uma partícula carregada é altamente colimada e desloca-se atrás da partícula carregada (já que a luz é mais lenta que a partícula no meio!). É por isso, inclusive, que a radiação Cherenkov é dita a análoga luminosa do <a href="http://youtu.be/o2l41d_chbw">estrondo sônico ("sonic boom") dos aviões supersônicos</a>! O vídeo abaixo (em inglês) explica de forma bem didática esse fenômeno.<br />
<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="480" src="http://www.youtube.com/embed/x4Ir6E4IG64?rel=0" width="640"></iframe>
<br />
<br />
<br />
Como o próprio vídeo apresentou, a radiação Cherenkov não é exclusiva dos reatores nucleares. Esse fenômeno serviu como base para o desenvolvimento dos detectores Cherenkov, detectores de partículas de altas energias muito utilizados em experimentos de física de partículas (como o famoso LHC) e na detecção de raios cósmicos (como no Observatório Pierre Auger). <br />
<br />
Se você quiser ver ao vivo e "em azul" essa radiação, você pode visitar um dos dois reatores nucleares de pesquisa do tipo piscina existentes no Brasil: o <a href="http://www.ipen.br/sitio/index.php?idm=251">IEA-R1</a>, localizado no IPEN em São Paulo, e o TRIGA, localizado no CDTN em Belo Horizonte.<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7046850563793232843.post-71400280409796589312012-07-31T09:27:00.000-03:002012-08-01T22:41:37.228-03:00Siga o blog no Facebook!Depois de um ano e meio na rede, o blog ganhou, finalmente, uma página no Facebook!<br />
<br />
Lá, serão publicadas notícias, curiosidades, imagens e vídeos sobre as tecnologias nucleares, complementado as postagens do blog. Além disso, através do Facebook, é muito mais fácil a sua interação, caro leitor!<br />
<br />
<a href="http://www.facebook.com/conhecerparadebater">Visite a página do blog no Facebook</a> e participe com comentários, perguntas, imagens, vídeos, notícias, etc. Mas, para acessar o conteúdo da página, é necessário ter uma conta no Facebook. <br />
<br />
Curta a página do blog, adicione-a a sua lista de interesses e fique ligado nas novidades sobre as tecnologias nucleares! <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-g_8dEurBDYk/UBfPiCjtCNI/AAAAAAAAAiw/nix-7VPlEVI/s1600/like.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="185" src="http://3.bp.blogspot.com/-g_8dEurBDYk/UBfPiCjtCNI/AAAAAAAAAiw/nix-7VPlEVI/s200/like.png" width="200" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="http://www.facebook.com/conhecerparadebater"><b><span style="font-size: large;">http://www.facebook.com/conhecerparadebater</span></b></a><br />
<br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7046850563793232843.post-6286849921445837982012-07-24T09:13:00.000-03:002012-07-24T12:46:02.790-03:00Nuclear no cinema: Chernobil - Sinta a radiação!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-Tf6LfCdb2Qg/UA6Jk9TNYjI/AAAAAAAAAiM/AA5OuXh7YF4/s1600/chernobil.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://1.bp.blogspot.com/-Tf6LfCdb2Qg/UA6Jk9TNYjI/AAAAAAAAAiM/AA5OuXh7YF4/s200/chernobil.jpg" width="142" /></a></div>
Está em cartaz nos cinemas brasileiros, desde o dia 20 de Julho, o filme de terror <a href="http://www.cineclick.com.br/filmes/ficha/nomefilme/chernobyl/id/18138"><b>Chernobil - Sinta a radiação</b></a>.<br />
<br />
Roteirizado e produzido por Oren Peli de <a href="http://www.cineclick.com.br/filmes/ficha/nomefilme/atividade-paranormal/id/16239">Atividade Paranormal</a>, o<span class="pequena4 texto nop"> filme conta a história de um grupo de
jovens que, ao buscar um pouco de emoção durante as férias, viaja para o
Leste Europeu, mais precisamente à cidade de Pripyat, abandonada após o acidente nuclear na usina de Chernobyl em 1986. Lá, eles se deparam com estranhos acontecimentos!</span><br />
<br />
<span class="pequena4 texto nop"></span><br />
Veja o trailer do filme:<br />
<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="360" src="http://www.youtube.com/embed/jVuri14DFGc" width="640"></iframe>
<br />
<br />
Mas, não se anime muito não, pois a crítica "caiu matando" no filme.<br />
<br />
Segundo <a href="http://www.cineclick.com.br/criticas/ficha/filme/chernobyl-sinta-a-radiacao/id/2982">Roberto Guerra</a>, Pripyat "é o cenário para a enxurrada de clichês que vem adiante para tentar arrancar sustos dos espectadores – o que consegue algumas vezes –, mas nada o suficiente para apagar a sensação de que estamos assistindo a mais do mesmo (...) O problema é que o cenário sombrio e cheio de possibilidades é mal aproveitado e a direção tacanha não consegue salvar o que um roteiro mal pensado já condenava ao fracasso (...) O enredo é bastante óbvio e abundante em incongruências narrativas que destroem aos poucos a credibilidade e realismo presente no início da trama (...) mais um filme de terror de baixa qualidade e nenhuma imaginação".<br />
<br />
<a href="http://blogs.estadao.com.br/luiz-zanin/chernobyl/">Luiz Zanin</a>, outro crítico de cinema, concorda: o filme é "nada notável, em suma. Rotina". <br />
<br />
Eu ainda não vi, mas acho que vou esperar chegar até as locadoras... e você leitor, já viu o filme?<br />
<br />
<br />
<b>Posts relacionados</b><br />
<br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2012/07/chernobil-25-anos-fatos-e-mitos-sobre-o.html">Chernobil: 25 anos! Fatos e Mitos sobre o acidente nuclear - Parte 4</a><br />
<br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2012/06/2-festival-internacional-de-filmes.html">
2º Festival Internacional de Filmes sobre Energia Nuclear</a><br />
<br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2012/04/o-cinema-pos-traumatico-do-japao.html">O cinema pós-traumático do Japão</a>Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7046850563793232843.post-56999356778836158922012-07-19T10:01:00.000-03:002012-07-19T10:01:32.567-03:00Dica de livro: Renato Archer - Energia Atômica, Soberania e DesenvolvimentoRenato Archer foi uma personalidade marcante na vida política do País e grande incentivador do desenvolvimento tecnológico nacional, principalmente no setor nuclear.<br />
<br />
O livro <b>Renato Archer - Energia Atômica, Soberania e Desenvolvimento</b> revela-nos, através de uma compilação de diversas entrevistas com o próprio Archer, a luta política de líderes como ele, o almirante Álvaro Alberto e outros que enfrentaram pressões internacionais – e internas – para atingir o domínio da tecnologia nuclear.<br />
<br />
O deputado Aldo Rebelo fez uma resenha do livro que pode ser conferida <a href="http://grabois.org.br/portal/noticia.php?id_sessao=54&id_noticia=9361#.UAf7W1KhqdE">nesse link</a>.<br />
<br />
A exportação de areia monazítica para os Estados Unidos, a CPI da energia atômica em 1956 e o acordo com a Alemanha são apenas alguns dos assuntos abordados no livro. Essa é uma leitura muito interessante para quem quer saber mais sobre a política nuclear brasileira, desde seus primeiros passos na década de 30.<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-fvUHNWMMI4E/UAf_ZzEUb6I/AAAAAAAAAh8/_p_8f-Fid7Y/s1600/livroRenatoArcher.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/-fvUHNWMMI4E/UAf_ZzEUb6I/AAAAAAAAAh8/_p_8f-Fid7Y/s320/livroRenatoArcher.jpg" width="224" /></a></div>
<b>Título:</b> Renato Archer - Energia Atômica, Soberania e Desenvolvimento<br />
<br />
<b>Organizadores:</b> Alvaro da Rocha Filho & Joao Carlos Vitor Garcia
<b> </b><br />
<br />
<b>Editora:</b> Contraponto<br />
<br />
<b>Páginas:</b> 271<br />
<br />
<b>Ano:</b> 2006<br />
<br />
<b>Preço Médio:</b> R$ 32,00*<br />
<br />
* <a href="http://www.contrapontoeditora.com.br/produtos/detalhe.php?id=105">A editora Contraponto está com preço promocional de R$ 20,40.</a><br />
<br />
<br />
<b>Posts Relacionados</b><br />
<br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2012/04/brasil-completa-30-anos-de-uso-da.html">Brasil completa 30 anos de uso da energia nuclear com avanços tecnológicos e críticas</a> <br />
<br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/">Submarino nuclear sai do papel em 2016</a><br />
<br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2011/07/noticia-submarino-e-para-seguranca-das.html">Inicia-se a nova era do submarino nuclear brasileiro!</a>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7046850563793232843.post-83453162856330639862012-07-08T17:22:00.000-03:002012-07-10T08:23:37.244-03:00Submarino nuclear sai do papel em 2016<b>Projeto começa agora; navio vai para o mar em 2021 e entra em ação até 2025</b><br />
<br />
ROBERTO GODOY <br />
<br />
Fonte: <a href="http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,submarino-nuclear-sai-do-papel-em-2016,897381,0.htm">O Estado de S. Paulo, em 08/07/2012</a><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-Y9j0lB-j2oQ/T_nqWVqqKDI/AAAAAAAAAhs/AX_Kx5dXsks/s1600/submarino_nuclear.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="584" src="http://3.bp.blogspot.com/-Y9j0lB-j2oQ/T_nqWVqqKDI/AAAAAAAAAhs/AX_Kx5dXsks/s640/submarino_nuclear.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
O sol em Cherbourg, litoral da Normandia, na França, anda escasso. Dias nublados, de chuva e vento frio soprando de sudoeste, enganam quem espera o calor do verão. Ainda assim, na sexta-feira, com o termômetro batendo nos 13 graus, houve festa nos estaleiros da DCNS, a Direction des Constructions Navales et Services.<br />
<br />
O parceiro francês no programa de construção de quatro avançados submarinos diesel-elétricos e de um outro movido a energia atômica, para a Marinha, festejou com o grupo brasileiro de especialistas em treinamento - cerca de 50 deles - a oficialização da data do início do ProSub - o Projeto do Submarino com Propulsão Nuclear Brasileiro. A cerimônia que marca a contagem do tempo foi realizada no Centro Tecnológico da Marinha, em São Paulo, no campus da USP.<br />
<br />
O contrato, incluind0 obras civis, vale 6,7 bilhões, cerca de R$ 21 bilhões, um dos três maiores empreendimentos públicos do País. O grupo brasileiro majoritário no empreendimento é a Odebrecht Defesa e Tecnologia (ODT). A contar do dia 6 de julho, a agência de desenvolvimento dos projetos vinculados ao ProSub terá três anos, talvez pouco menos, para produzir a concepção básica do submarino. Segundo o coordenador, almirante José Alberto Accioly Fragelli, "terá início, então, a parte dos planos detalhados, junto com a construção do navio em 2016, no estaleiro que está sendo estruturado em Itaguaí, no Rio".<br />
<br />
A previsão para as etapas de conclusão situam em 2021 ou 2022 a finalização da embarcação. A montagem eletrônica, o carregamento do reator compacto e os testes de mar devem consumir, talvez, mais dois anos. Um almirante ouvido pelo Estado acredita que sob pressão estratégica - uma eventual ameaça externa - o SN-Br pode entrar em operação efetiva em 2023. Se não, é coisa para 2025. O empreendimento, de longo prazo, contempla uma frota de seis submarinos nucleares e 20 convencionais; 15 novos, S-Br, da classe Scorpène e cinco revitalizados. Tudo isso até 2047, conforme o Paemb - Plano de Articulação e de Equipamento da Marinha.<br />
<br />
A frota de submarinos de ataque será o principal elemento dissuasivo da Defesa brasileira. Um oficial especializado, que não pode ser identificado, sustenta que "a percepção do agressor deve ser a de que haverá resposta rápida e devastadora a qualquer aventura, vinda de uma fonte difícil de identificar, capaz de surgir em qualquer lugar". Mais comedido, o comandante da Força, almirante Júlio Moura Neto, lembra a "necessidade de dar prioridade à estratégia do temor das consequências considerados fatores como o Pré-Sal, a posição do Brasil no contexto internacional, a garantia da segurança marítima e a vigilância sobre as águas jurisdicionais, que somam 4,5 milhões de quilômetros quadrados, uma Amazônia no mar".<br />
<br />
<b>Dinheiro garantido</b><br />
<br />
Não está faltando dinheiro para o Pro Sub. Em 2011 o investimento foi de R$ 1,8 bilhão. Para 2012, o governo destinou R$ 2,15 bilhões - recursos livres de cortes. Em Itaguaí, litoral sul do Rio, há 6,3 mil pessoas trabalhando no complexo formado pelo novo estaleiro e nova base de operações - 500 desses funcionários foram treinados no canteiro que recebe este mês a primeira equipe de engenheiros e projetistas da DCNS. Vão trabalhar com o pessoal da Marinha no navio nuclear.<br />
<br />
Em novembro terminam as obras da construção da Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (Ufem), onde serão construídos os submarinos S-Br, com motores diesel-elétricos. Um mês depois, chegam da França as seções 3 e 4 do primeiro navio, que foram juntadas por soldagem de alta tecnologia em Cherbourg, em dezembro de 2011. Em 2015 fica pronto o estaleiro, e em 2017 será entregue o S-Br que abre a série de quatro, recebidos um a cada 18 meses. A gleba do conjunto tem 980 mil metros quadrados, dos quais 750 mil metros quadrados sob a água. Haverá dois píeres de 150 metros e três docas de 170 metros. Base e estaleiro ocuparão 27 prédios. A dragagem mobiliza 6 milhões de metros cúbicos. As especificações dos navios brasileiros ainda estão sendo definidas. O Scorpène Br é cerca de 100 toneladas mais pesado e 5 metros mais longo que a configuração padrão, forma de aumentar a autonomia e o conforto a bordo.<br />
<br />
O programa brasileiro não é o único da América do Sul. Na Venezuela, Hugo Chávez negocia com a Rússia a compra de 7 a 11 submarinos - um deles nuclear, o Akula, de 12,7 mil toneladas, armado com torpedos e mísseis. Na Argentina, a presidente Cristina Kirchner anunciou, em junho de 2010, um programa considerado tecnicamente pouco viável. A ideia é converter a motorização de três velhos modelos de origem alemã, o San Juan, o Santa Cruz e o Domec, dos anos 1970, concluídos no início dos 1980, atualmente em fase de revitalização. Todos receberiam um reator de concepção local, o Carem, desconhecido fora da Invap, empresa que teria criado o produto. Um dos navios modernizados estaria pronto para uso em 2015, outro em 2020. O terceiro ficaria dependente dos resultados apurados no procedimento.<br />
<b><br />
Complexo de Itaguaí poderá receber até 16 navios ao mesmo tempo</b><br />
<br />
O conjunto formado pelo estaleiro e a base de Itaguaí terá capacidade para atracar 16 navios ao mesmo tempo, sendo 6 submarinos nucleares, 4 convencionais, 1 socorro especializado, 3 rebocadores portuários, 1 lancha oceânica de apoio a mergulhadores e 1 de recolhimento de torpedos.<br />
<br />
A área industrial poderá conduzir a construção simultânea de dois submarinos de quaisquer tipos, e a troca da carga nuclear ou dos reatores completos.<br />
<br />
<br />
<b>Posts Relacionados</b><br />
<br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2011/10/quem-e-othon-luiz-pinheiro-da-silva.html">Quem é Othon Luiz Pinheiro da Silva?</a><br />
<br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2011/07/noticia-submarino-e-para-seguranca-das.html">Inicia-se a nova era do submarino nuclear brasileiro </a><br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7046850563793232843.post-17919303519904892882012-07-05T00:19:00.000-03:002012-07-11T00:26:27.313-03:00Chernobil: 25 anos! Fatos e Mitos sobre o acidente nuclear - Parte 4<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-TGYG0A88SvI/T_T6mKuEG5I/AAAAAAAAAfs/9wqlyaYKDuM/s1600/Nuvemradioativa.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="348" src="http://3.bp.blogspot.com/-TGYG0A88SvI/T_T6mKuEG5I/AAAAAAAAAfs/9wqlyaYKDuM/s640/Nuvemradioativa.png" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Versão artística da nuvem radioativa de Chernobil. Fonte: Radioactive Wolves.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
Chernobil, 1986. O maior acidente nuclear da História. Derretimento do núcleo do reator. Explosão. Incêndio. Vazamento de radiação. Nuvem radioativa... Chuva radioativa... Água, solo e alimentos contaminados... Pânico! Zona de exclusão: cerca de 340 mil pessoas evacuadas, fugindo da mortal radiação...<br />
<br />
Chernobil hoje: terra abandonada. Vinte e cinco anos sem a presença do homem. Cidades fantasma. Será ela uma terra assassinada pela venenosa radiação? O que aconteceu com os animais e plantas deixados à própria sorte dentro da zona de exclusão? Estarão todos mortos? Ou terão se transformado em monstros mutados geneticamente?<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-gstEqyloIzE/T_T7Hrr_buI/AAAAAAAAAf0/Yd36kfeZz3o/s1600/zonadeexclusao.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="345" src="http://3.bp.blogspot.com/-gstEqyloIzE/T_T7Hrr_buI/AAAAAAAAAf0/Yd36kfeZz3o/s640/zonadeexclusao.png" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Zona de exclusão. Fonte: Radioactive Wolves.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
Bem... nem uma coisa, nem outra! É o que nos mostra o documentário <a href="http://www.pbs.org/wnet/nature/episodes/radioactive-wolves/introduction/7108/">Radioactive Wolves</a> (2011). Filmado na zona de exclusão de Chernobil, o filme revela que os efeitos da radiação no meio ambiente não foram tão catastróficos quanto nossa fértil imaginação sugere! <br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-IksxB9OcuoI/T_T8E4s0EdI/AAAAAAAAAgM/uYgH3ARYNKc/s1600/chernobilpowerplant.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="348" src="http://3.bp.blogspot.com/-IksxB9OcuoI/T_T8E4s0EdI/AAAAAAAAAgM/uYgH3ARYNKc/s640/chernobilpowerplant.png" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Reator de Chernobil e arredores. Fonte: Radioactive Wolves.</td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-7_kxsgoFOSQ/T_T_g70FdII/AAAAAAAAAg8/j-RTx2i0-t0/s1600/borboleta.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><br />
</a></div>
<br />
A radiação, embora ainda presente na região, parece não afetar de forma negativa os animais e plantas. A vegetação cresce e avança lentamente pela cidade de Pripyat, retomando o espaço que um dia fora seu. Animais, como aves, roedores e lobos, usam as estruturas deixadas pelos humanos para se protegerem dos inversos rigorosos e se reproduzirem.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-gzfsKX4pFas/T_T_qq122RI/AAAAAAAAAhE/Nj5KP4SjIuk/s1600/roedor.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="220" src="http://3.bp.blogspot.com/-gzfsKX4pFas/T_T_qq122RI/AAAAAAAAAhE/Nj5KP4SjIuk/s400/roedor.png" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Animais em Chernobil. Fonte: Radioactive Wolves.</td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-4nIKMmmbmv0/T_UA7av0AYI/AAAAAAAAAhc/z7DLddioF-w/s1600/flores.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="http://1.bp.blogspot.com/-4nIKMmmbmv0/T_UA7av0AYI/AAAAAAAAAhc/z7DLddioF-w/s400/flores.png" width="365" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Flores de Chernobil. Fonte: Radioactive Wolves. </td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-xmCrq-Hif5A/T_T_2ifjVaI/AAAAAAAAAhM/gpiUOlvIybc/s1600/veado.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="http://4.bp.blogspot.com/-xmCrq-Hif5A/T_T_2ifjVaI/AAAAAAAAAhM/gpiUOlvIybc/s400/veado.png" width="298" /> </a></td><td style="text-align: center;"></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Animais em Chernobil. Fonte: Radioactive Wolves.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
Os lobos, em particular, são os objetos de estudo dos cientistas do documentário, pois eles são o topo da cadeia alimentar do ecossistema local e podem dar pistas de como a radiação afetou esse meio ambiente.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-HAsdIxwKwcM/T_T9lUXtfaI/AAAAAAAAAgc/j6jq_dGkOKw/s1600/lobo2.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="http://4.bp.blogspot.com/-HAsdIxwKwcM/T_T9lUXtfaI/AAAAAAAAAgc/j6jq_dGkOKw/s400/lobo2.png" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Lobo radioativo na zona de exclusão de Chernobil. Fonte: Radioactive Wolves.</td></tr>
</tbody></table>
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-K9gGtrDtAvY/T_T9KqmMjvI/AAAAAAAAAgU/hvuY5Qe8aVE/s1600/lobo1.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"></a><br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-y5XThpHGyHw/T_T7k1S38rI/AAAAAAAAAgE/hnaeCuYnArQ/s1600/ninhada.png" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="198" src="http://4.bp.blogspot.com/-y5XThpHGyHw/T_T7k1S38rI/AAAAAAAAAgE/hnaeCuYnArQ/s320/ninhada.png" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Lobinhos na zona de exclusão. Fonte: Radioactive Wolves</td></tr>
</tbody></table>
Haviam rumores de que a população de lobos havia aumentado dentro da zona de exclusão, chegando até a 300 indivíduos. Através de coleiras com localizadores GPS e mapeando os rastros deixados pelos lobos, os pesquisadores concluíram que há cerca de 120 espécimes no local, número parecido ao de uma área de controle, fora da zona de exclusão. Além disso, eles descobiram que os lobos, bem como outros animais, estão se reproduzindo na zona de exclusão! <br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-K9gGtrDtAvY/T_T9KqmMjvI/AAAAAAAAAgU/hvuY5Qe8aVE/s1600/lobo1.png" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="http://3.bp.blogspot.com/-K9gGtrDtAvY/T_T9KqmMjvI/AAAAAAAAAgU/hvuY5Qe8aVE/s320/lobo1.png" width="298" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Lobo radioativo. Fonte: Radioactive Wolves.</td></tr>
</tbody></table>
Mas, e a radiação? Como ela afeta os animais? Bem, o documentário nos mostra que os animais são radioativos. As partículas radioativas liberadas no acidente nuclear penetraram o solo e a água e depois foram absorvidas pelas plantas. Os animais, ao se alimentarem e beberem dessa água, também acabaram acumulando partículas radioativas em seus órgãos e ossos.<br />
<br />
Além disso, os pesquisadores concluíram que a quantidade de mutação genética observada nos animais da região por causa da radiação é o dobro das observadas fora da zona de exclusão. Isso significa que, embora alguns animais sofram com a radiação, a população em geral permanece saudável. <br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-veJDql53y6k/T_T7gpiw0oI/AAAAAAAAAf8/TZ_iEj4EX7k/s1600/falcao.png" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="224" src="http://1.bp.blogspot.com/-veJDql53y6k/T_T7gpiw0oI/AAAAAAAAAf8/TZ_iEj4EX7k/s320/falcao.png" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Dona falcoa e sua ninhada. Fonte: Radioactive Wolves.</td></tr>
</tbody></table>
As condições de reprodução das espécies parecem ser até melhores nessa região devido à ausência do homem. Lobos, peixes, alguns roedores, águias e falcões estão entre os animais que conseguiram estabelecer ninhadas na zona de exclusão. <br />
<br />
Cabe ressaltar que a principal ameaça para esses animais antes do acidente nuclear era a presença humana. Em particular, o desmatamento da região para a expansão da agricultura, com o "slogan" do "melhoramento da terra", forçava-os a migrar para outros locais. <br />
<br />
De fato, fora da zona de exclusão, a paisagem ainda parece a mesma, com vastos campos de agricultura. Dentro da zona de exclusão, por outro lado, a natureza se recuperou. Os canais, outrora de irrigação, hoje permitem o retorno dos castores que, através de suas barragens, criam ambientes favoráveis à reprodução dos peixes. O cisne, também natural dessa região, voltou a habitá-la.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-fl2ROQt0wm8/T_T-c23OhPI/AAAAAAAAAgk/Fw_qujDQ9RQ/s1600/agricultura.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="177" src="http://3.bp.blogspot.com/-fl2ROQt0wm8/T_T-c23OhPI/AAAAAAAAAgk/Fw_qujDQ9RQ/s400/agricultura.png" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Agricultura fora da zona de exclusão. Fonte: Radioactive Wolves.</td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-Eb0WsHkIzjU/T_T-wMflZxI/AAAAAAAAAgs/equifdDr-Rk/s1600/canais_dentro.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="217" src="http://2.bp.blogspot.com/-Eb0WsHkIzjU/T_T-wMflZxI/AAAAAAAAAgs/equifdDr-Rk/s400/canais_dentro.png" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Antigos canais de irrigação na zona de exclusão.<br />
Fonte: Radioactive Wolves.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
Além disso, já foram contadas mais de 120 espécies de pássaros na região e cavalos selvagens, que hoje só vivem em cativeiro, foram soltos nas florestas de Chernobil.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-gdReazZ0YxU/T_T_IWi3RMI/AAAAAAAAAg0/y5Ew6_-unWQ/s1600/passaro.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="350" src="http://2.bp.blogspot.com/-gdReazZ0YxU/T_T_IWi3RMI/AAAAAAAAAg0/y5Ew6_-unWQ/s640/passaro.png" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Passáros em Chernobil. Fonte: Radioactive Wolves.</td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-dpg1Da_yIuE/T_UAXOcjKsI/AAAAAAAAAhU/Nc5PUV-4e80/s1600/aguia.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="302" src="http://1.bp.blogspot.com/-dpg1Da_yIuE/T_UAXOcjKsI/AAAAAAAAAhU/Nc5PUV-4e80/s320/aguia.png" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Águia na zona de exclusão. Fonte: Radioactive Wolves.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
Ironicamente, o maior desastre nuclear da História transformou-se em um refúgio único para espécies outrora ameaçadas pelo homem. Para os humanos, essa terra está perdida. Pelo menos aparentemente, só para os humanos! <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-Px1SESe2Kio/T_T6aEMF7EI/AAAAAAAAAfk/bBn7wQ_WK-U/s1600/radioactive_capa.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-Px1SESe2Kio/T_T6aEMF7EI/AAAAAAAAAfk/bBn7wQ_WK-U/s1600/radioactive_capa.jpg" /></a></div>
O <a href="http://noticias.universia.es/translate/es-pt/vida-universitaria/noticia/2011/11/01/883764/documental-radioactive-wolves-ganador-x-festival-telenatura-universidad-navarra.html">premiado documentário</a> da PBS pode ser inteiramente visto abaixo, com som original em inglês e sem legendas (vamos "dessenferrujar" o inglês pessoal!). O canal Globosat HD também está exibindo esse documentário com legendas em português para seus assinantes. A próxima exibição será amanhã (05/07) às 11h30. <br />
<br />
A equipe de filmagem de Radioactive Wolves passou mais tempo na zona de exclusão do que qualquer outra equipe da imprensa jamais conseguiu. Foram 100 dias de filmagem no período de um ano e a primeira equipe estrangeira a filmar na parte bielorrussa da área, trazendo as primeiras imagens aéreas em 20 anos. O resultado é a inédita imagem panorâmica da zona de Chernobyl, uma vista de 360 graus da região mais selvagem da Europa. Vale a pena conferir!<br />
<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="360" src="http://www.youtube.com/embed/U1Z5__IkaCs?rel=0" width="640"></iframe><br />
<br />
Observação: Cabe ressaltar que isso não esgota o assunto de como a radioatividade afeta o ecossistema. Só o monitoramento contínuo da área por um longo período poderá nos fornecer pistas de como responder essa questão!<br />
<br />
<br />
<b>Para saber mais</b><br />
<br />
<a href="http://www.youtube.com/watch?v=U1Z5__IkaCs">Site da PBS sobre o documentário Radioactive Wolves</a><br />
<br />
<br />
<b>Posts relacionados</b><br />
<br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2011/04/chernobil-25-anos-fatos-e-mitos-sobre-o.html">Chernobil: 25 anos! Fatos e Mitos sobre o acidente nuclear - Parte 1</a><br />
<br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2011/05/chernobil-25-anos-fatos-e-mitos-sobre-o.html">Chernobil: 25 anos! Fatos e Mitos sobre o acidente nuclear - Parte 2</a><br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2011/05/chernobil-25-anos-fatos-e-mitos-sobre-o_08.html"><br />
Chernobil: 25 anos! Fatos e Mitos sobre o acidente nuclear - Parte 3</a>Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7046850563793232843.post-36505496232223258092012-06-24T09:38:00.001-03:002012-06-24T12:38:24.098-03:00Por que "nuclear" assusta tanto?<i>Em artigo, o assistente da presidência da Eletronuclear, Leonam dos Santos </i><i>Guimarães</i><i>, desmistifica alguns preconceitos contra a energia nuclear. </i><br />
<br />
<div style="text-align: left;">Por Leonam dos Santos Guimarães*</div><div style="text-align: left;"><span style="font-size: small;">Fonte: <a href="http://www.cliptvnews.com.br/eletronuclear/clippingdireto/amplia.php?id_noticia=48355">Brasil Energia (19/06/12) via site da Eletronuclear</a></span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-size: x-small;"> </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-Bk6Eu19YNkg/T-cEl00IW7I/AAAAAAAAAew/yW8ou3Jo2Ac/s1600/nuclear_fear.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="228" src="http://2.bp.blogspot.com/-Bk6Eu19YNkg/T-cEl00IW7I/AAAAAAAAAew/yW8ou3Jo2Ac/s400/nuclear_fear.jpg" width="400" /></a></div><br />
Diga isso em voz alta: NUCLEAR. Como você se sente? Muitas pessoas têm associações negativas com a palavra, sentimentos que foram amplificados desde que um terremoto e um tsunami de severidade inusitada atingiram as usinas da Central de Fukushima Daiichi, no Japão, dia 11 de março de 2011.<br />
<br />
As autoridades de saúde continuam a enfatizar que os níveis de radioatividade não vão chegar a prejudicar a saúde humana. Foram traços que não constituem motivos de preocupação.<br />
<br />
Se não há perigo real, por que o medo? As pessoas geralmente pensam sobre risco do ponto de vista emocional, não de uma avaliação racional. Veja como você realmente pode calcular o risco: multiplique a probabilidade de evento indesejado pela gravidade de sua consequência. Mas, se você pedir às pessoas para avaliar riscos, certamente esse cálculo não funcionará. Elas responderão com sua intuição. Uma alta porcentagem das pessoas associa usinas nucleares a armas nucleares. Essa associação ainda está no coração e mentes e condicionam as reações à geração elétrica nuclear.<br />
<br />
Alguns dizem que nossa aversão à energia nuclear vai mais longe do que isso. A forma como pensamos sobre a energia nuclear tem raízes anteriores à descoberta da radioatividade em 1896. os alquimistas medievais, por exemplo, estavam interessados em transmutação, que se define como o renascimento através da destruição. Ideias sobre a transmutação e cenários apocalípticos se reuniram em torno do potencial da radiação, percebida como perigosa demais.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-oXmdFsjL_Lg/T-cFJKe32YI/AAAAAAAAAe4/zQNk2IX86VU/s1600/alquimistas.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="290" src="http://2.bp.blogspot.com/-oXmdFsjL_Lg/T-cFJKe32YI/AAAAAAAAAe4/zQNk2IX86VU/s400/alquimistas.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Alquimistas medievais</td></tr>
</tbody></table><br />
Na década de 1930, a maioria das pessoas associava a radioatividade com raios estranhos que podiam causar uma morte horrenda ou o milagre de uma nova vida, com cientistas loucos e seus montros ambíguos, com segredos cósmicos da morte ou da vida, com uma futura Idade do Ouro, talvez alcançada apenas por meio de um apocalipse e com armas potentes o suficiente para destruir o mundo.<br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-mkKQ7-CbzQg/T-cFpD030II/AAAAAAAAAfI/Lx5XeyzGCio/s1600/imagem_RMN.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-mkKQ7-CbzQg/T-cFpD030II/AAAAAAAAAfI/Lx5XeyzGCio/s1600/imagem_RMN.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ressonância Nuclear Magnética</td></tr>
</tbody></table>Hoje, as pessoas são submetidas regularmente a procedimentos diagnósticos chamados de "ressonância magnética", mas a técnica foi originalmente chamada de "ressonância nuclear magnética", com o primeiro testes com seres humanos feiots na década de 1970. Mas, por causa das más associações, ninguém queria entrar em ma máquina chamada "nuclear", e assim o nome foi alterado.<br />
<br />
Diversos estudos internacionais mostram que, na indústria de geração elétrica, a nuclear é aquela que provoca o menor número de mortes por quilowatt-hora produzido. Aqui estão alguns números reais: 10.000 mil pessoas terão morrido de câncer resultante de Chernobyl, o maior acidente nuclear do mundo, de acordo com algumas estimativas bastante pessimistas. Só que a poluição das usinas a carvão causa um número bem maior de mortes a cada ano. Mas, estams falando de uma forma invisível de morrer mais cedo - por câncer, em Chernobyl - versus outra forma: a poluição do ar por partículas finas.<br />
<br />
Em Fukushima Daiichi ninguém morreu por doenças decorrentes da radiação, mas o número de mortos decorrentes dos efeitos do terremoto e tsunami foi maior que 16.000 pessoas. Ao invés do nos preocuparmos com traços de radioatividade que são eventualmente encontrados em diversos locais do mundo, porque são muitos fáceis de medir, seria mais importante nos mobilizarmos para ajudar as vítimas do tsunami e do terremoto.<br />
<br />
A familiraridade com o risco é parte fundamental da sua percepção. Algo que é relativamente desconhecido pra você vai parecer mais perigoso do que algo que você já se expôs anteriormente. E a geração elétrica nuclear e seu funcionamento não são temas com os quais as pessoas estejam familiarizadas.<br />
<br />
Isso explica porque é nas comunidades mais próximas das usinas nucleares que se encontram os altos níveis de aceitação, decorrentes da convivência e maior conhecimento, que fazem com que a percepção dos riscos seja mais realista, mas também por uma percepção mais clara dos benefícios associados.<br />
<br />
Curiosamente, a radiação deveria ser familiar a todos, já que está em toda parte. A radiação está em torno do nós, vinda do Sol, do espaço e de outras fontes naturais na própria Terra. E ele é empregada rotineiramente em procedimentos médicos, como raios-X e tratamentos de câncer. Mas a consciência de que a radiação pode levar à temida consequência de câncer nos faz sentir mal sobre a exposição a usinas nucleares.<br />
<br />
A radioatividade natural existe na Terra desde que o planeta se formou. São cerca de 60 radionuclídeos presentes na natureza. Eles são encontrados no ar, água, solos, rochas e minerais, bem como nos alimentos e no nosso próprio corpo. Cerca de 90% desta radiação ambiental provêm de fontes naturais, sendo a maior delas o gás radônio.<br />
<br />
Alguns locais do mundo, chamados de Áreas de Alta Radiação de Fundo (High Background Radiation Areas - HBRAs) têm, anomalamente, altos níveis de radioatividade naturais, muito superiores à média do planeta. A geologia e geoquímica das rochas e dos minerais encontrados nessas áreas têm a maior influência na determinação de onde esta alta radiação natural aparece.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-4CfetcmPgJg/T-cGMMjOROI/AAAAAAAAAfQ/S6wMSdSHTYA/s1600/hbra.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-4CfetcmPgJg/T-cGMMjOROI/AAAAAAAAAfQ/S6wMSdSHTYA/s1600/hbra.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Áreas de Alta Radiação de Fundo na Terra</td></tr>
</tbody></table><br />
HBRAs extremas são encontradas principalmente em regiões tropicais, áridas ou semi-áridas, como Guarapari (Brasil), sudoeste da França, Ramsar (Irã), partes da China e Costa do Kerala (Índia). Em certas praias do sudeste do Brasil, especialmente no sul do estado do Espírito Santo, os depósitos de areia monazíticas são abundantes. Os níveis de radiação externa nessas areias corresponde a quase 400 vezes o nível normal de radiação de fundo. Essas areias da costa brasileira tẽm vários minerais radioativos, dentre eles monazita, zircônio, torianita e columbita-tantalita, bem como minerais não-radioativos, incluindo elmenita, rutiló, pirocloro e cassiterita.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-p2hM6aEof9c/T-cHB5tAA8I/AAAAAAAAAfY/VtUKN2gRLHo/s1600/areias_monaziticas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="232" src="http://3.bp.blogspot.com/-p2hM6aEof9c/T-cHB5tAA8I/AAAAAAAAAfY/VtUKN2gRLHo/s400/areias_monaziticas.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Areia monazítica no Brasil</td></tr>
</tbody></table><br />
No sudoeste da Índia, ao longo dos 570 km de extensão da costa do estado de Kerala (Índia), há também grandes jazidas de areias ricas em monazita, com elevada radiação natural. Os depósitos de monazita são ainda maiores do que aqueles encontrados no Brasil, mas a dose externa de radiação é, em média, semelhante às verificadas em nosso País.<br />
<br />
Ramsar, uma cidade no norte do Irã, tem os mais altos níveis de radiação natural do mundo. Exposições tão elevadas, como 260 mGy/ano já foram registrados em Ramsar. A unidade de radiação ionizante utilizada aqui, Grays por ano, corresponde a 1 Joule de energia transferida a 1 kg de tecido vivo (o miligray, mGy, que é um milionésimo de Gray, é mais comumente usado). Uma exposição de corpo inteiro a uma dose uniforme de 3-5 Gy mataria 50% dos organismos expostos num período de 1 a 2 meses. <br />
<br />
A característica mais interessante em todos estes casos é que estudos epidemiológicos mostram que pessoas que vivem nestes locais HBRAs não parecem sofrer de qualquer efeito adverso sobre a saúde como resultado de suas exposições elevadas à radiação. Pelo contrário, em alguns casos os indivíduos que vivem nessas HBRAs parecem ser ainda mais saudáveis e viver mais do que aqueles em locais de controle que não são classificados como HBRAs.<br />
<br />
Tais fenômenos colocam muitas questões intrigantes. Se eles fossem mais conhecidos do público, talvez criasse aquela familiaridade, tão fundamental para a percepção de riscos, que possibilitaria não termos tanto medo do "nuclear".<br />
<br />
<br />
<i>* Leonam dos Santos Guimarães é Assistente da Presidência da Eletronuclear e membro do Grupo Permenente de Assessoria em Energia Nuclear do Diretor-Geral da AIEA.</i><br />
<br />
<br />
<b>Posts Relacionados</b><br />
<br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2011/09/opiniao-publica-da-tecnologia-nuclear.html">A opinião pública da tecnologia nuclear em meio século de História</a><br />
<br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2012/06/2-festival-internacional-de-filmes.html">2° Festival Internacional de Filmes sobre Energia Nuclear</a><br />
<br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2011/11/o-exercito-dos-fantasmas-da-radiacao.html">O exército dos fantasmas da radiação</a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7046850563793232843.post-61886585891840602312012-06-17T10:59:00.001-03:002012-06-17T11:04:36.353-03:00Empresas na Alemanha temem consequências de abandono da energia nuclear por parte do paísFonte: <a href="http://www.eletronuclear.gov.br/Not%C3%ADcias/NoticiaDetalhes.aspx?NoticiaID=691">Site da Eletronuclear (via Nucnet)</a><br />
<br />
A maioria das empresas alemãs está preocupada em perder competitividade devido a um aumento nos custos de energia elétrica decorrentes da decisão do governo do país de abandonar a energia nuclear e investir em fontes renováveis. Essa é a conclusão de uma pesquisa feita pela Ernst & Young com 235 empresas privadas e públicas. A consulta foi encomendada pela Agência de Energia Alemã (Dena).<br />
<br />
O relatório afirma que 60% das companhias consultadas esperam um aumento nos custos de produção devido aos preços crescentes da energia elétrica. Além disso, mais de 40% esperam uma deterioração significativa no fornecimento energético.<br />
<br />
Segundo a pesquisa, a indústria alemã expressou grande preocupação em relação à legislação e à regulação do setor, à viabilidade econômica do suprimento de energia elétrica no país e à segurança energética. Há ainda uma grande discrepância entre o clima na indústria e nos círculos políticos, onde a visão da transição energética pela qual o país passará é muito mais positiva, afirma o documento.<br />
<br />
<b>Transição custará bilhões de euros</b><br />
<br />
O governo alemão pretende investir bilhões de euros na matriz elétrica nacional, na medida em que o país se prepara para ser abastecido predominantemente por energia eólica e solar, além de novas usinas a carvão e gás, o que pode exigir subsídios públicos.<br />
<br />
A coalizão governante no país marcou para 2022 a data de desligamento de todas as 17 usinas nucleares alemãs. Os sete reatores mais antigos, que foram desligados temporariamente depois do acidente de Fukushima Daiichi, e a usina de Kruemmel – que estava desligada desde 2009 devido a problemas técnicos – não voltarão mais a operar.<br />
<br />
Seis outras unidades seriam desligadas, no máximo, até 2021. As três usinas mais novas – Neckarwestheim 2 (que entrou em operação comercial em 1989), Isar 2 (1988) e Emsland (1988) – seriam, por fim, desativadas em 2022. Mais informações podem ser encontradas no <a href="http://www.dena.de/index.php?id=5461&L=1&no_cache=1">site da Dena</a>.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-EbxaXgOfgE8/T93hgDLUUdI/AAAAAAAAAek/Ywpjq9Lrdn4/s1600/nuclear_alemanha.gif" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="640" src="http://4.bp.blogspot.com/-EbxaXgOfgE8/T93hgDLUUdI/AAAAAAAAAek/Ywpjq9Lrdn4/s640/nuclear_alemanha.gif" width="492" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><a href="http://philgeland.com/2011/03/16/mapa-das-usinas-nucleares-na-alemanha/">Usinas nucleares na Alemanha</a>: desligamento previsto de todas as usinas em 2022.<br />
<b>Legenda</b>: <br />
<i>Barra amarela:</i> início do funcionamento comercial<br />
<i>Barra laranja:</i> término do funcionamento, devido à lei nuclear de 2002,<br />
<b>pelo governo anterior</b><br />
<i>Barra listrada:</i> prorrogação do funcionamento, autorizado em 2010,<br />
<b>pelo governo atual </b>(antes de Fukushima)<b><br />
</b><br />
<i>Ponto amarelo: </i>em funcionamento <br />
<i>Ponto laranja:</i> desligada</td></tr>
</tbody></table><br />
<br />
<b>Posts relacionados</b><br />
<br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2011/11/aumenta-exportacao-de-eletricidade-para.html">Aumenta exportação de eletricidade para Alemanha</a><br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2011/10/fornecedores-apertados-sem-demanda.html"><br />
Fornecedores apertados sem demanda nuclear</a> <br />
<br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2011/10/dos-fosseis-aos-renovaveis-dificil.html">Dos fósseis aos renováveis: a difícil transição energética</a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7046850563793232843.post-11556182586151100032012-06-10T17:58:00.001-03:002012-06-12T21:43:17.667-03:00Desafio: faça sua cidade crescer de forma sustentável!<a href="http://2.bp.blogspot.com/-L2rT0P9WcDw/T9UE6HfeZNI/AAAAAAAAAeQ/Wg9xTyN252Y/s1600/nuke_electrocity.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="197" src="http://2.bp.blogspot.com/-L2rT0P9WcDw/T9UE6HfeZNI/AAAAAAAAAeQ/Wg9xTyN252Y/s320/nuke_electrocity.png" width="319" /></a>Com a Rio+20 começando essa samana eu poderia escrever um looongo texto discutindo os impactos de cada fonte energética, em particular a nuclear, no meio ambiente. Afinal, já virou senso comum que o grande desafio desse século seja o tal do desenvolvimento sustentável!<br />
<br />
Entretanto, ao invés do texto, optei por uma abordagem diferente (e bem mais legal!). Convido você, caro leitor, a sentir na pele como é díficil promover o crescimento econômico de uma região, minimizando os impactos ambientais e deixando a população satisfeita. <br />
<br />
No jogo de estratégia <a href="http://www.electrocity.co.nz/">ELECTROCITY</a> você pode ser o prefeito de uma cidadezinha de 10 mil habitantes e, com as escolhas certas, transformá-la em uma grande cidade - rica, com mais de 1 milhão de habitantes e com baixo impacto ambiental. <br />
<br />
Mas atenção: é necessário garantir suprimento energético suficiente para o crescimento da cidade. Você pode escolher entre energia eólica, termoelétrica a gás, termoelétrica a carvão, nuclear, hidroelétrica, geotérmica, biomassa (cogeração), solar e energia a partir das ondas do mar!<br />
<br />
Veja a minha cidade:<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-FNhYSfekcTE/T9T851XLiiI/AAAAAAAAAeA/XM5H2raOrKI/s1600/pamelandia.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="309" src="http://1.bp.blogspot.com/-FNhYSfekcTE/T9T851XLiiI/AAAAAAAAAeA/XM5H2raOrKI/s640/pamelandia.png" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br />
</td></tr>
</tbody></table><br />
É claro que o jogo simplifica bastante as complexas relações ambientais, socias e econômicas alí envolvidas, mas vale a pena dar uma conferida (é tão fofo!).<br />
<br />
O jogo é mantido pela <a href="http://www.genesisenergy.co.nz/genesis/index.cfm?5987BC0E-B2B7-61F0-C5BD-DE48C7C5B24D">Genesis Energy</a>, uma companhia de energia da Nova Zelândia que investe em termoelétricas a carvão e a gás, em hidroelétricas e em energia eólica (deve ter um viés aí, não?).<br />
<br />
Confira o jogo <a href="http://www.electrocity.co.nz/">no site do ELECTROCITY</a> e depois me conte como foi!<br />
<br />
OBS.: fica uma sugestão para os professores: tendo o jogo como elemento central, pode ser interessante desenvolver uma atividade com os alunos sobre a questão energética, envolvendo diversas disciplinas: <br />
1) Física: para explicar cada forma de geração de energia usada no jogo;<br />
2) Biologia: para discutir os impactos ambientais e como minimizar esses efeitos;<br />
3) Geografia: para discutir os aspectos sociais e econômicos de cada forma energética;<br />
4) Matemática: para discutir o planejamento financeiro da cidade;<br />
5) Inglês: para trabalhar o vocabulário dos alunos, já que o jogo é em inglês;<br />
6) Português: o trabalho final poderia ser um texto narrativo que contasse a história do desenvolvimento da cidade, justificando cada escolha e discutindo seus impactos sociais, ambientais e econômicos.<br />
<br />
<br />
<b>Posts relacionados </b><br />
<br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2012/02/viagem-na-eletricidade-hidraulicos.html">Viagem na eletricidade: hidráulicos versus termoelétricos</a><br />
<br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2011/10/palestra-na-rede-o-futuro-da-energia.html">Palestra na rede: o futuro da energia nuclear no País</a><br />
<br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2011/10/dos-fosseis-aos-renovaveis-dificil.html">Dos fósseis aos renováveis: a difícil transição energética</a><br />
<br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2011/09/opiniao-publica-da-tecnologia-nuclear.html">A opinião pública da tecnologia nuclear em meio século de História</a> <br />
<br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2011/04/como-funcionam-os-reatores-nucleares.html">Como funcionam os reatores nucleares?</a><br />
<br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2012/02/game-nuclear.html">Game nuclear</a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7046850563793232843.post-73606040972651674762012-06-07T11:41:00.000-03:002012-06-07T11:41:53.641-03:002º Festival Internacional de Filmes sobre Energia Nuclear<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><a href="http://2.bp.blogspot.com/-LXD44-2gTq4/T9CklHJHmMI/AAAAAAAAAdk/OCym45Z7x_8/s1600/festival-uranio-em-movimento_visto_livre.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="135" src="http://2.bp.blogspot.com/-LXD44-2gTq4/T9CklHJHmMI/AAAAAAAAAdk/OCym45Z7x_8/s200/festival-uranio-em-movimento_visto_livre.jpg" width="200" /></a>O 2º Festival Internacional de Filmes sobre Energia Nuclear, Urânio em Movi(e)mento, começa 6 dias após a Cúpula da Terra (Rio + 20), na Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, MAM.<br />
<br />
Entre 28 de junho e 13 de julho, o Festival vai exibir mais de 50 filmes de todos os continentes, sobre energia nuclear e radioatividade. A programação completa do festival já pode ser acessada no <a href="http://www.uraniofestival.org/index.php/pt/programacao">site</a>.<br />
<br />
Depois do Rio de Janeiro, o festival viaja para outras cidades do Brasil e do Mundo, mas as datas e cidades ainda não foram divulgadas.<br />
<br />
O festival foi criado em 2010 no Rio de Janeiro e é o primeiro festival mundial de filmes independentes sobre a temática nuclear. Ele é realizado pelo Arquivo Amarelo, organização cultural sem fins lucrativos, sediada no Rio de Janeiro, que tem como projeto criar a primeira cinemateca do Brasil e da América Latina especializada em assuntos nucleares. <br />
<br />
Até o momento, a maioria dos documentários sobre isso tem sido produzido por países não lusofônicos, geralmente em inglês, alemão ou francês. O Arquivo Amarelo traduz estes filmes para a língua portuguesa e também traduz as produções lusofônicas para outras línguas.<br />
<br />
O Festival premia, com o Yellow Oscar, os filmes inscritos que se destacaram. Nesse ano foram nomeados oito filmes, representando oito países, em três categorias: Melhor Curta (até 40 min), Melhor Longa (a partir de 41 min) e Melhor Animação. Um júri oficial irá escolhear os vencedores e a premiação ocorrerá no dia 14 de Julho.<br />
<br />
<br />
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-TUrsf2_8--s/T9CqR7etbVI/AAAAAAAAAdw/6eifM7VPKvY/s1600/folder2012-sidebar.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-TUrsf2_8--s/T9CqR7etbVI/AAAAAAAAAdw/6eifM7VPKvY/s1600/folder2012-sidebar.jpg" /></a><b>Informações gerais:</b><br />
<br />
<b>Quando:</b> De 28 de junho a 14 de julho de 2012<br />
<br />
<b>Onde:</b> Cinemateca do Museu de Arte Moderna doRio de Janeiro<br />
Av Infante Dom Henrique, 85<br />
Parque do Flamengo<br />
Rio de Janeiro - RJ<br />
<br />
<b>Quanto:</b> R$ 5,00 a entrada inteira e R$ 2,00 para os maiores de 60 anos e estudantes maiores de 12 anos<br />
<br />
<b>Site:</b> <a href="http://www.uraniofestival.org/index.php/pt/">http://www.uraniofestival.org/index.php/pt/</a><br />
<br />
<br />
<br />
Embora a proposta de reunir filmes com a temática nuclear em um único festival seja muito interessante, cabe uma ressalva: os filmes selecionados para o festival desse ano retratam apenas aspectos negativos da energia nuclear e da radioatividade. <br />
<br />
O próprio festival, no entanto, <a href="http://www.uraniofestival.org/index.php/pt/inscricao">abre espaço</a> para os aspectos positivos das tecnologias nucleares, tais como medicina nuclear e irradiação de alimentos. Mas acho que os cineastas nucleares independentes não querem falar disso...<br />
<br />
De qualquer forma, esse deve ser um evento bastante interessante. Veja o video convite:<br />
<br />
<iframe width="640" height="360" src="http://www.youtube.com/embed/k1ZF_6eUrSs?rel=0" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><br />
<br />
<br />
<b>Para saber mais</b><br />
<br />
<a href="http://www.uraniofestival.org/index.php/pt/">Segundo Festival Internacional de Filmes sobre Energia Nuclear</a><br />
<br />
<b>Posts relacionados</b><br />
<br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2012/04/o-cinema-pos-traumatico-do-japao.html">O cinema pós-traumático do Japão</a>Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7046850563793232843.post-36622913359184924272012-06-01T17:40:00.000-03:002012-07-11T00:33:43.407-03:00Vai uma cachaça irradiada aí?<a href="http://3.bp.blogspot.com/-MIlaUZlPG0o/T8kiZM-dPXI/AAAAAAAAAc4/rdRIVNDunVU/s1600/cachaca.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://3.bp.blogspot.com/-MIlaUZlPG0o/T8kiZM-dPXI/AAAAAAAAAc4/rdRIVNDunVU/s200/cachaca.jpg" width="200" /></a>Cachaça boa é aquela envelhecida em tonel de madeira! Quem aprecia a bebida mais tradicional do país sabe que esse período de maturação, imprescindível para a obtenção de uma melhor qualidade, pode levar até três anos, já que, nesse tempo de amadurecimento, o produto estocado sofre reações químicas, melhorando suas características, inclusive sensoriais, e agregando mais valor.<br />
<div style="font-family: inherit;">
<br /></div>
<div style="font-family: inherit;">
Para esse amadurecimento, muitas pesquisas já foram realizadas nos laboratórios de Irradiação de Alimentos e Radioentomologia do Cena/USP; Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição da Esalq/USP; Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares – Ipen/SP; Faculdade de Tecnologia de Piracicaba – Fatec e, recentemente, no laboratório de Radiobiologia e Ambiente, do Cena/USP. Todas são unânimes em afirmar que o processo de irradiação pode ser utilizado como um método alternativo de envelhecimento de cachaça, já que essa técnica acelera o processo convencional. </div>
<div style="font-family: inherit;">
<br /></div>
<div style="font-family: inherit;">
A fórmula tradicional de envelhecimento da cachaça consiste em sua interação com madeiras, realizada pelo armazenamento do líquido por um longo período em barris. “Esse processo é uma das etapas mais importantes para a obtenção de uma cachaça de alta qualidade. As reações que ocorrem durante esse tempo favorecem a formação de compostos que influenciam no aroma, sabor e aparência da bebida”, explica Valter Arthur, professor que coordena um estudo que abrevia consideravelmente esse longo período. </div>
<div style="font-family: inherit;">
<br /></div>
<div style="font-family: inherit;">
Baseados nos experimentos realizados neste e em outros laboratórios, é possível afirmar que o uso da irradiação numa dose 0,3 kGy (kilogray: quantidade de energia absorvida pelo material), considerada relativamente baixa, pode acelerar o processo de envelhecimento de cachaça. “Com essa metodologia, aceleramos o envelhecimento e obtivemos uma cachaça similar à convencional, quando comparado aos mesmos parâmetros”, comenta Arthur. </div>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-5Aot6tdWKRQ/T8kid-U4KII/AAAAAAAAAdI/BtqHL9OtUDg/s1600/cacha%C3%A7a-irradiada.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="295" src="http://2.bp.blogspot.com/-5Aot6tdWKRQ/T8kid-U4KII/AAAAAAAAAdI/BtqHL9OtUDg/s400/cacha%C3%A7a-irradiada.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fonte: <a href="http://www.cena.usp.br/blog/?attachment_id=858">Blog do CENA</a></td></tr>
</tbody></table>
<div style="font-family: inherit;">
<br /></div>
<div style="font-family: inherit;">
Outra vantagem apresentada é a diminuição dos aldeídos, componente responsável pela famigerada dor de cabeça. “Conseguimos uma diminuição expressiva desse composto químico que está diretamente relacionado ao desconforto que se sente ao ingerir a bebida numa dose além do limite”, disse Juliana Angelo Pires, pós-graduanda do laboratório de Radiobiologia e Ambiente. </div>
<div style="font-family: inherit;">
<br /></div>
<div style="font-family: inherit;">
Porém, para o aprimoramento do aspecto visual da bebida, a cachaça irradiada também vem sofrendo um período de envelhecimento. “Os apreciadores ainda preferem o destilado de cana-de-açúcar com a cor amarelada. Assim, ainda estamos utilizando a bebida semienvelhecida em tonéis de amendoim, pois essa coloração é normalmente obtida com a ajuda da madeira”. </div>
<div style="font-family: inherit;">
<br /></div>
<div style="font-family: inherit;">
Pesquisa com métodos alternativos, como adição de caramelo, para a coloração da cachaça já está sendo realizada para eliminar a necessidade da estocagem em tonéis de madeira. “Além disso, já estamos incorporando extratos vegetais como própolis, urucum e outros para dar essa coloração à cachaça e incrementar atributos com propriedades biológicas. Consequentemente, isso aumentará ainda mais a viabilidade prática e econômica do processo de irradiação em larga escala de cachaça, pois somente o produto final, ou seja, as cachaças já engarrafadas e encaixotadas serão irradiadas para o envelhecimento”, finaliza Arthur. </div>
<div style="font-family: inherit;">
<br /></div>
<span style="font-size: small;">Fonte: <a href="http://www.cena.usp.br/blog/?p=857">Blog do Centro de Energia Nuclear na Agricultura</a></span><br />
<div style="font-family: inherit;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-VGjpdTYf5ec/T8kjrqMzB5I/AAAAAAAAAdQ/uueiXos5A7M/s1600/cacha%C3%A7as-brancas-amarelas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-VGjpdTYf5ec/T8kjrqMzB5I/AAAAAAAAAdQ/uueiXos5A7M/s1600/cacha%C3%A7as-brancas-amarelas.jpg" style="font-family: inherit;" /></a></div>Unknownnoreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7046850563793232843.post-84001408152257346012012-05-27T15:12:00.003-03:002012-05-27T20:22:56.913-03:00Contaminação de Urânio nas águas de Caetité: que papo é esse?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-eFr6E3wS6aQ/T8Ik-uL2TxI/AAAAAAAAAb0/beNTdPR4QJI/s1600/ativistas-do-greenpeace-protes-4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-eFr6E3wS6aQ/T8Ik-uL2TxI/AAAAAAAAAb0/beNTdPR4QJI/s1600/ativistas-do-greenpeace-protes-4.jpg" /></a></div>
<br />
<a href="http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/den-ncia-agua-consumida-em-ca/">Em 2008, o Greenpeace denunciou</a>, com um baita estardalhaço, a contaminação da água no distrito de Lagoa Real, em Caetité (Bahia), devido à atividade de mineração de urânio realizada pela Indústrias Nucleares do Brasil (INB), classificada pela Organização Não-Governamental (ONG) como perigosa e poluente.<br />
<br />
O <a href="http://www.greenpeace.org/brasil/Global/brasil/report/2008/10/ciclo-do-perigo.pdf">Relatório Ciclo do Perigo – Impactos da Produção de Combustível Nuclear no Brasil</a>, realizado pelo Greenpeace, concluiu que há
contaminação na água da região, pois duas amostras de água coletas no
entorno da mina de Caetité apresentaram concentrações de urânio
superiores a 0,015 mg/L, concentração máxima de urânio permitida pela
Organização Mundial de Saúde (OMS).<br />
<br />
Veja abaixo o vídeo produzido pelo Greenpeace: <br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="360" src="http://www.youtube.com/embed/JnhlynFf-Zs?rel=0" width="480"></iframe>
<br />
<br />
E uma pequena amostra das repercussões dessa denúncia junto à população local: <br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="360" src="http://www.youtube.com/embed/X96QjHM5XYQ?rel=0" width="480"></iframe>
<br />
<br />
Esse assunto repercurtiu na mídia por um bom tempo e ainda hoje "dá pano pra manga"! <br />
<br />
Cerca de um ano depois da publicação do Greenpeace, por exemplo, o governador da Bahia Jaques Wagner (PT) encampou a denúncia e, em dezembro de 2009, o
Instituto de Gestão das Águas e Clima da Bahia interditou boa parte dos
poços na cidade. Resultado: foi preciso contratar um serviço de
caminhões-pipa para abastecer de água potável os 3.000 habitantes da
zona rural de Caetité.<br />
<br />
A prefeitura, paupérrima, gastou mais de 70.000,00
reais nisso até que, em Abril de 2010, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) liberou o consumo da água de Caetité. De acordo com o estudo da CNEN, as águas que passam pela INB Caetité nem sequer chegam às comunidades onde os poços foram fechados.<br />
<br />
<br />
<b>Monitoração ambiental pela INB</b><br />
<br />
A INB afirma que as análises que vêm sendo realizadas desde 1990, nove anos
antes da implantação da unidade de mineração, atestam que a atividade
mineradora não contribui para o aumento da presença de urânio na
região. São mais de 16 mil análises por ano que monitoram mais de 150 poços situados em Maniaçu, São Timóteo, Juazeiro, Lagoa Real e Caetité.<br />
<br />
Entretanto, a falta de divulgação dos resultados dessas análises até a época da denúncia feita pelo Greenpeace corroborou para espalhar o medo na população. <br />
<br />
A boa notícia dessa confusão toda é que agora os resultados dos testes sobre a qualidade das águas de Caetité ganharam mais transparência e são divulgados pela própria INB em seu site. A <a href="http://www.inb.gov.br/pt-br/WebForms/interna2.aspx?campo=1997">última pesquisa</a> realizada pela INB ao longo de 2011 foi divulgada em Janeiro desse ano.<br />
<br />
"A concentração de urânio nas águas de superfície em diferentes
localidades ao redor da Unidade de Mineração e Beneficiamento de Urânio
das Indústrias Nucleares do Brasil em Caetité (BA), medidas em
diferentes épocas do ano de 2011, apresenta valores sempre abaixo de um
terço do limite estabelecido pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente,
órgão vinculado ao IBAMA",
informou o físico Delcy Py, especialista em radiação.<br />
<br />
<div>
</div>
<div align="justify">
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-rpMLPKhKP4k/T8JPocHPrLI/AAAAAAAAAcI/cJMdehS3Tck/s1600/uranio_INB_caetite.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="242" src="http://4.bp.blogspot.com/-rpMLPKhKP4k/T8JPocHPrLI/AAAAAAAAAcI/cJMdehS3Tck/s400/uranio_INB_caetite.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Resultados da monitoração das águas ao redor da mina de Caetité feita pelas<br />
Indústrias Nucleares do Brasil no ano de 2011.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<b>Fiscalização pela CNEN</b><br />
<br />
A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) é um dos órgãos responsáveis por fiscalizar as atividades das Indústrias Nucleares do Brasil. E para a CNEN, a ocorrência de urânio nas águas subterrâneas da região é natural, não podendo ser atribuída à operação da INB.<b> </b><br />
<br />
A INB deve executar um programa de monitoração ambiental (PMA), previamente aprovado pela CNEN, e apresentar os resultados obtidos, periodicamente, à Comissão. Além da água, são feitas análises de amostras de ar, sedimentos, vegetais, leite etc, colhidas em pontos estabelecidos no PMA e localizados ao redor da área de propriedade da instalação.<br />
<br />
“Os resultados dessas análises são avaliados pelos especialistas da CNEN. Para verificar a qualidade, periodicamente também são realizadas campanhas de coleta conjunta”, afirma o ex-diretor de radioproteção e segurança nuclear da CNEN, Dr. Laércio Vinhas, em <a href="http://www.atividadesnucleares.com.br/newsletter/AN28.pdf">entrevista à Atividades Nucleares</a>.<br />
<br />
Para chegar a conclusão de que não há contaminação do lençol freático devido à atividade de mineração da INB, os especialistas da CNEN colhem amostras nos mesmos pontos e nos mesmos instantes que os funcionários da INB. Elas são então analisadas nos laboratórios dos institutos da CNEN. Com base nos resultados de medidas de amostras de água do lençol freático, colhidas no interior da instalação, nas áreas circunvizinhas e em estudos de hidrogeologia se chega ao resultado.<br />
<br />
Segundo a Cnen, as doses de radiação encontram-se abaixo do limite recomendado para exposição pública em poços abertos nas proximidades da mina da INB. A média histórica das taxas de radiação das águas de Caetité é de 0,1 Bq/L, ou seja, um valor 5 vezes menor que o máximo permitido que é de 0,5 Bq/L (bequerel por litro).<br />
<br />
A radioatividade encontrada nessas águas é menor do que a de estâncias turísticas como Araxá (MG), Águas de Lindóia (SP) e Guarapari (ES).<br />
<br />
A <a href="http://www.inb.gov.br/pt-br/WebForms/interna2.aspx?campo=2105">última pesquisa</a> feita em 2011 pela CNEN (através do<span id="ctl00_cphConteudoHome_template_interna">
Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares – IPEN) mostra que os
mananciais de Caetité estão com índices normais de urânio.</span> O IPEN realizou análises das
amostras de águas dos poços situados nas Fazendas Mangabeira, Gameleira e
Lajedo, e nos distritos de Juazeiro e São Timóteo. Em todos esses
pontos, as médias de concentração de urânio ficaram abaixo da do limite
estabelecido para consumo humano, determinado pelo Ministério da Saúde,
em 0,03 mg/L, e pelo CONAMA, em 0,015mg/L.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-mhtujK6Tlik/T8JalAqG3uI/AAAAAAAAAcU/4vdcGUPfOeI/s1600/show.aspx.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-mhtujK6Tlik/T8JalAqG3uI/AAAAAAAAAcU/4vdcGUPfOeI/s1600/show.aspx.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Monitoração das águas subterrâneas de Caetité feita pelo IPEN/CNEN em 2011 </td></tr>
</tbody></table>
<div align="justify">
<br />
O gráfico acima mostra a quantidade encontrada
em cada ponto, com a respectiva distância deles da mina de urânio,
representada por zero. Nota-se que não há maior concentração de urânio
em poços mais próximos da mina. Na Fazenda Gameleira, a distância é
representada negativamente, para indicar que o poço se localiza no
caminho oposto da direção do percurso da água. <b> </b><br />
<br />
<br />
<b>Recente pesquisa da Universidade Federal de Sergipe</b></div>
<br />
Devido à grande repercussão da campanha desenvolvida pela ONG junto à população local e das cidades vizinhas, um <span id="ctl00_cphConteudoHome_template_interna">grupo de
pesquisadoras da Universidade Federal de Sergipe, em parceria com a
Universidade de São Paulo, decidiram investigar as causas
da presença de urânio nas águas da região de Caetité e os </span>os impactos da mineração no ambiente e na saúde da população que vive na região<span id="ctl00_cphConteudoHome_template_interna">.</span><br />
<span id="ctl00_cphConteudoHome_template_interna"> </span><br />
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-J-2htY_buV4/T8JdRzPbkwI/AAAAAAAAAcg/stUKClntLQ4/s1600/Caetite_regiao.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="http://1.bp.blogspot.com/-J-2htY_buV4/T8JdRzPbkwI/AAAAAAAAAcg/stUKClntLQ4/s640/Caetite_regiao.png" width="328" /></a><span id="ctl00_cphConteudoHome_template_interna">Orientadas pela
professora Susana Lalic, com o apoio de Roseli Gennari da USP, as
pesquisadoras Geângela Almeida e Simara Campos coletaram e analisaram amostras de
água e solo em uma área de 100 km no entorno da mina de Caetité, </span>desde Lagoa Real até o povoado de Maniaçu.<span id="ctl00_cphConteudoHome_template_interna"></span><br />
<br />
As amostras de água e de solo foram coletadas em Fevereiro de 2010 em fazendas que utilizam
poços subterrâneos e cisternas para consumo animal, para irrigar a
plantação e para consumo próprio, e solo onde é feito o plantio.
Coletou-se, também, água na própria cidade, em praças e nas residências
que utilizam água encanada.<br />
<br />
<span id="ctl00_cphConteudoHome_template_interna">Em apenas 2 das amostras analisadas as concentrações de
urânio chegaram ao limite definido pelo Conselho Nacional do Meio
Ambiente (CONAMA) de 0,0015 miligramas de urânio por litro. As duas
amostras foram coletadas em poços localizados no município de Lagoa
Real, onde existe uma grande reserva de urânio ainda não explorada.</span><span id="ctl00_cphConteudoHome_template_interna"> </span><br />
<br />
<span id="ctl00_cphConteudoHome_template_interna">As pesquisadoras concluíram que “O solo de Caetité é muito rico em urânio, portanto, o que
ocorre nas águas e no solo é um processo natural e não um processo de
contaminação devido à exploração de urânio”.</span><span id="ctl00_cphConteudoHome_template_interna"> </span><br />
<br />
<span id="ctl00_cphConteudoHome_template_interna">Para se certificar dos
resultados das pesquisas feitas na Bahia, o grupo decidiu também
investigar amostras de água da região de Santa Quitéria (CE), </span>região com grande disponibilidade de urânio, mas que atualmente ainda não é explorada<span id="ctl00_cphConteudoHome_template_interna">, para verificar se o mesmo fenômeno
acontece no sertão cearense.</span><br />
<br />
"Comparamos os dados de radiação ambiental de Caetité, que é uma região
explorada, com os de Santa Quitéria, no Ceará, onde ainda não há
atividade mineira, e verificamos que os resultados encontrados são muito
próximos. Isto é um indicativo que nos mostra que o que existe no local é
influência da própria natureza e não consequência puramente de uma
contaminação" – afirma a pesquisadora <span id="ctl00_cphConteudoHome_template_interna">Geângela Almeida.</span><span id="ctl00_cphConteudoHome_template_interna"> </span><br />
<br />
<span id="ctl00_cphConteudoHome_template_interna">Simara Campos explica
que o urânio é um dos elementos que compõem naturalmente o solo de todo
planeta, sendo encontrado em maior quantidade em localidades como
Caetité. “Um das causas para se encontrar o minério nas águas é que ele
pode ser arrastado pela chuva ou pelos córregos, poços e rios”, informou
a pesquisadora em <a href="http://www.inb.gov.br/pt-br/WebForms/interna2.aspx?campo=2085">entrevista à INB</a>. </span><br />
<br />
<br />
<b>Urânio nas águas</b><br />
<br />
Em resposta às denúncias do Greenpeace, a<span id="ctl00_cphConteudoHome_template_interna">s análises realizadas pelo
Laboratório Ambiental da INB, pela CNEN e pelo grupo de cientistas da
Universidade Federal de Sergipe estabeleceram, de forma independente, que o
nível de urânio encontrado está abaixo do limite estabelecido pela legislação. </span>
<br />
<br />
A explicação melhor fundamentada cientificamente para a origem do urânio nas águas de Caetité é a de que se trata de um processo natural, característico da região que apresenta rochas com alta quantidade de urânio.<br />
<br />
O urânio é mobilizado a
partir das rochas pelo intemperismo de uraninita (UO2). A ação das
águas superficiais e subterrâneas causa a dissolução oxidativa da
uraninita do íon solúvel uranilo (UO2 2+). Em todo o mundo, de 27 mil a 32 mil toneladas de urânio são liberadas
anualmente a partir de rochas ígneas, xisto, arenito e calcário pela
erosão natural e intemperismo.<br />
<br />
Assim, acredita-se que a concentração de U-238 determinada nos diversos pontos de coleta de água seja devida a processos de lixiviação natural das rochas da região que
contêm urânio. Esse urânio entra em solução e atravessa o solo, alcançando o lençol freático. E essa quantidade de urânio nas águas subterrâneas pode variar ao longo do tempo, tanto por razões climáticas quanto geológicas.<br />
<br />
Embora natural, é importante monitar frequentemente a quantidade de urânio nas águas da região para evitar danos à saúde da população local.<br />
<br />
<br />
<b>Para saber mais</b><br />
<br />
<a href="http://www.aben.com.br/publicacoes/brasil-nuclear/00000000030/presena-de-urnio-na-gua-e-em-solo-de-caetit-devese-a-fatores-ambientais/00000000090">Presença de urânio na água e em solo de Caetité deve-se a fatores ambientais</a> - REVISTA BRASIL NUCLEAR, Ano 16, No. 38, 16/05/2012<br />
<br />
<a href="http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/den-ncia-agua-consumida-em-ca/">Denúncia: água consumida em Caetité (BA) está contaminada por urânio</a><br />
<br />
<a href="http://www.greenpeace.org/brasil/Global/brasil/report/2008/10/ciclo-do-perigo.pdf">Relatório do Greenpeace: Ciclo do Perigo - Impactos da Produção de Combustível Nuclear no Brasil</a><br />
<br />
<a href="http://www.atividadesnucleares.com.br/newsletter/AN28.pdf">Cnen esclarece situação da mina de urânio em Caetité - Newsletter Atividades Nucleares</a><br />
<br />
<a href="http://www.inb.gov.br/pt-br/WebForms/interna2.aspx?campo=2105">Análises confirmam normalidade das águas dos poços de Caetité - site da INB</a><br />
<br />
<a href="http://www.blogger.com/goog_202569326">Dose de exposição radiométrica no entorno das minas de Caetité - BA e Santa Quitéria - CE</a><a href="http://www.fisica.ufs.br/npgfi/documentos/dissertacoes/geangela.pdf">. </a>Dissertação de Mestrado de <span id="ctl00_cphConteudoHome_template_interna"> Geângela Almeida, UFS.</span>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7046850563793232843.post-32515413789048255422012-05-19T15:12:00.000-03:002012-05-20T16:40:21.982-03:00Um novo olhar sobre a exposição à radiação<div style="font-family: inherit; text-align: left;">
<span style="font-size: large;"><b><span class="" id="result_box" lang="pt"><span class="hps">Estudo do MIT sugere que, a baixas taxas de dose, a radiação apresenta pouco risco ao DNA.</span></span></b></span><span style="font-size: small;"> </span></div>
<div style="font-family: inherit; text-align: right;">
</div>
<div style="font-family: inherit; text-align: right;">
<span style="font-size: small;">Por<b> </b>Anne Trafton, do <a href="http://web.mit.edu/newsoffice/2012/prolonged-radiation-exposure-0515.html">MIT News Office</a> </span></div>
<div style="font-family: inherit; text-align: right;">
<span style="font-size: small;">Tradução de Pamela Piovezan </span></div>
<div style="font-family: inherit;">
<span class="" id="result_box" lang="pt" style="font-size: small;"><span class="hps"><br />
</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; font-family: inherit; text-align: center;">
<span style="font-size: small;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-S0aJ0l-hwqE/T7fOc8XUKuI/AAAAAAAAAbo/eSWh5uBEb3Y/s1600/rad.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="284" src="http://1.bp.blogspot.com/-S0aJ0l-hwqE/T7fOc8XUKuI/AAAAAAAAAbo/eSWh5uBEb3Y/s320/rad.jpg" width="320" /></a></span></div>
<div style="font-family: inherit;">
<span class="" id="result_box" lang="pt" style="font-size: small;"><span class="hps">Um novo estudo</span> <span class="hps">de</span> <span class="hps">cientistas do MIT (Massachusetts Institute of Technology)</span> <span class="hps">sugere que as diretrizes que os governos</span> <span class="hps">usam</span> <span class="hps">para determinar quando </span><span class="hps">evacuar as pessoas</span> <span class="hps">na sequência de um</span> <span class="hps">acidente</span> <span class="hps">nuclear</span> <span class="hps">podem ser muito</span> <span class="hps">conservadoras.</span></span></div>
<div style="font-family: inherit;">
<span class="" id="result_box" lang="pt" style="font-size: small;"><span class="hps"> </span><br />
<span class="hps">O estudo, liderado</span> <span class="hps">por</span> <span class="hps">Bevin</span> <span class="hps">Engelward</span> <span class="hps">e</span> <span class="hps">Jacquelyn</span> </span><span class="" id="result_box" lang="pt" style="font-size: small;"><span class="hps">Yanch </span></span><span class="" id="result_box" lang="pt" style="font-size: small;"><span class="hps">e <a href="http://www.blogger.com/goog_227338752">publicado</a></span><a href="http://ehp03.niehs.nih.gov/article/fetchArticle.action?articleURI=info%3Adoi%2F10.1289%2Fehp.1104294"> <span class="hps">na </span><span class="hps">revista Environmental Health Perspectives</span></a> , descobriu que <span class="hps">quando ratos</span> <span class="hps">foram expostos a</span> <span class="hps">doses de radiação</span> <span class="hps">cerca de 400</span> <span class="hps">vezes maiores</span> <span class="hps">do que a dos níveis</span> <span class="hps">de fundo (background) por</span> <span class="hps">cinco semanas</span>, nenhum dano <span class="hps">de DNA pôde</span> <span class="hps">ser detectado.</span></span></div>
<div style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="font-family: inherit;">
<span class="" id="result_box" lang="pt" style="font-size: small;"><span class="hps">A regulamentação atual</span> <span class="hps">dos Estados Unidos</span> <span class="hps">exige que</span> <span class="hps">os moradores de qualquer</span> <span class="hps">área que</span> <span class="hps">atinja</span> <span class="hps">níveis de radiação</span> <span class="hps">oito</span> <span class="hps">vezes maiores</span><span class="hps"> que a do fundo</span> <span class="hps">devem evacuar o local.</span> <span class="hps">No entanto</span><span class="">, o custo</span> <span class="hps">financeiro e emocional de</span> <span class="hps">tal deslocamento pode não</span> <span class="hps">valer a pena</span><span class="">, dizem os pesquisadores</span>.<br />
<span class="hps atn"> </span></span></div>
<div style="font-family: inherit;">
<span class="" id="result_box" lang="pt" style="font-size: small;"><span class="hps atn">"</span>Não existem dados <span class="hps">que digam que esse</span> <span class="hps">é um nível</span> <span class="hps">perigoso", diz</span> <span class="hps">Yanch</span>, professora sênior <span class="hps">do departamento </span><span class="hps">de</span> <span class="hps">Engenharia Nuclear </span></span><span class="" id="result_box" lang="pt" style="font-size: small;"><span class="hps">do MIT</span></span><span class="" id="result_box" lang="pt" style="font-size: small;">. <span class="hps">"Este estudo</span> <span class="hps">mostra que você</span> <span class="hps">pode ir</span> a níveis até<span class="hps"> 400</span> <span class="hps">vezes superiores aos níveis</span> <span class="hps">médios</span> <span class="hps">de fundo</span> <span class="hps">e</span> <span class="hps">ainda não</span> <span class="hps">detectar</span> <span class="hps">danos genéticos.</span> Isso potencialmente<span class="hps"> teria</span><span class="hps"> um grande impacto</span> <span class="hps">em dezenas,</span> <span class="hps">se não centenas,</span> <span class="hps">de milhares de pessoas</span> <span class="hps">nas proximidades de</span> uma <span class="hps">usina</span> <span class="hps">nuclear após um acidente</span> <span class="hps">ou</span> <span class="hps">da detonação</span> <span class="hps">de uma bomba</span> <span class="hps">nuclear</span>, se <span class="hps">descobrirmos exatamente</span> <span class="hps">quando deveríamos</span> <span class="hps">evacuar</span> <span class="hps">e quando</span> <span class="hps">não há problema em</span> <span class="hps">ficar onde estamos</span><span class="">.</span><span class="hps atn">"</span></span></div>
<div style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="font-family: inherit;">
<span class="" id="result_box" lang="pt" style="font-size: small;"><span class="hps">Até agora</span><span class="">, muito poucos estudos</span> <span class="hps">mediram</span> <span class="hps">os efeitos de </span><span class="hps">baixas doses de radiação</span> <span class="hps">em</span> <span class="hps">períodos</span> <span class="hps">de tempo longos.</span> <span class="hps">Este estudo é</span> <span class="hps">o primeiro a</span> <span class="hps">medir o dano</span> <span class="hps">genético</span> <span class="hps">em um nível de radiação</span> <span class="hps">tão baixo quanto</span> <span class="hps">400 vezes</span> a <span class="hps">de fundo</span> <span class="hps">(0,0002</span> <span class="hps">centiGray</span> <span class="hps">por minuto,</span> <span class="hps">ou 105</span> <span class="hps">cGy</span> <span class="hps">em um ano)</span>.<br />
<span class="hps atn"> </span></span></div>
<div style="font-family: inherit;">
<span class="" id="result_box" lang="pt" style="font-size: small;"><span class="hps atn">"</span><span class="">Quase todos os estudos</span> <span class="hps">de radiação</span> <span class="hps">são feitos com</span> <span class="hps">uma</span> exposição<span class="hps"> rápida</span> <span class="hps">à radiação.</span> <span class="hps">Isso causa</span> <span class="hps">um resultado</span> <span class="hps">totalmente diferente</span> <span class="hps">do ponto de vista biológico</span> <span class="hps">em comparação às exposições de</span><span class="hps"> longo prazo</span><span class="hps">", diz</span> <span class="hps">Engelward</span>, <span class="hps">professora associada de</span> E<span class="hps">ngenharia Biológica</span> <span class="hps">do MIT.</span></span></div>
<div style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="font-family: inherit;">
<span class="" id="result_box" lang="pt" style="font-size: small;"><b><span class="hps">Quanto é</span> <span class="hps">demais?</span></b><br />
<br />
<span class="hps">A radiação de fundo</span> <span class="hps">origina-se da</span> <span class="hps">radiação cósmica</span> <span class="hps">e </span><span class="hps">de isótopos naturalmente radioativos</span> presentes <span class="hps">no meio ambiente.</span> <span class="hps">Estas fontes somam</span><span class="hps"> até</span> <span class="hps">cerca de 0,3</span> <span class="hps">cGy</span> <span class="hps">por ano, por</span> <span class="hps">pessoa,</span> <span class="hps">em média.</span><br />
<br />
<span class="hps atn">"</span><span class="">A exposição a</span> <span class="hps">baixas taxas de dose</span> <span class="hps">de radiação é</span> <span class="hps">natural</span> <span class="hps">e algumas pessoas podem</span> <span class="hps">até dizer</span> que é <span class="hps">essencial para a vida</span>. <span class="hps">A questão é</span>: <span class="hps">quão alta</span> um<span class="hps">a</span> <span class="hps">taxa de dose</span> <span class="hps">precisa ser</span> <span class="hps">antes que nós</span> <span class="hps">precisemos nos preocupar com</span> seus <span class="hps">efeitos nocivos sobre</span> <span class="hps">a nossa saúde?</span><span class="hps atn">" diz </span>Yanch<span class="hps">.</span></span></div>
<div style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;"><br />
</span></div>
<div style="font-family: inherit;">
<span class="" id="result_box" lang="pt" style="font-size: small;"><span class="hps">Estudos anteriores demonstraram</span> <span class="hps">que</span> <span class="hps">um nível de radiação</span> <span class="hps">de</span> <span class="hps">10,5</span> <span class="hps">cGy</span>, a dose total <span class="hps">utilizada</span> <span class="hps">no presente estudo,</span> <span class="hps">produz danos no DNA</span> quando <span class="hps">recebida</span> <span class="hps">de uma só vez</span>. <span class="hps">No entanto,</span> <span class="hps">para este estudo</span>, os investigadores <span class="hps">distribuíram a</span> <span class="hps">dose</span> <span class="hps">ao longo de cinco</span> <span class="hps">semanas</span>, utilizando <span class="hps">iodo radioativo</span> como <span class="hps">fonte.</span> <span class="hps">A</span> <span class="hps">radiação emitida pelo</span> <span class="hps">iodo radioativo</span> <span class="hps">é semelhante a</span> <span class="hps">que é emitida</span> <span class="hps">pelo</span> <span class="hps">reator de </span> <span class="hps">Fukushima</span> <span class="hps">danificado</span> <span class="hps">no Japão</span>.<br />
<br />
<span class="hps">No final das</span> <span class="hps">cinco</span> <span class="hps">semanas</span>, os investigadores <span class="hps">testaram </span><span class="hps">vários tipos de</span> <span class="hps">danos no DNA</span> do ratos, utilizando as técnicas <span class="hps">mais sensíveis</span> <span class="hps">disponíveis.</span> <span class="hps">Esses tipos de</span> <span class="hps">danos</span> dividem-se <span class="hps">em duas classes</span> <span class="hps">principais:</span> as <span class="hps">lesões de base</span>, em que a <span class="hps">estrutura da base de</span> <span class="hps atn">DNA (</span>nucleotídeos) é<span class="hps"> alterada,</span> <span class="hps">e as quebras</span> <span class="hps">na</span> <span class="hps">cadeia de DNA</span>. <span class="hps">Eles não encontraram</span> <span class="hps">aumentos significativos</span> <span class="hps">em nenhum</span> <span class="hps">tipo de dano.</span><br />
<br />
<span class="hps">Danos no DNA</span> <span class="hps">ocorrem espontaneamente</span>, <span class="hps">mesmo a níveis de</span> <span class="hps">radiação de fundo,</span> a uma taxa conservadora <span class="hps">de cerca de</span> <span class="hps">10.000</span> <span class="hps">mudanças</span> <span class="hps">por célula</span> <span class="hps">por dia.</span> <span class="hps">A maioria dos</span> <span class="hps">danos</span> <span class="hps">é consertada</span> <span class="hps">por sistemas</span> <span class="hps">de reparação</span> do DNA<span class="hps"> no interior de cada</span> <span class="hps">célula.</span> <span class="hps">Os investigadores</span> <span class="hps">estimam que</span> <span class="hps">a quantidade de radiação</span> <span class="hps">utilizada neste estudo</span> <span class="hps">produz uma</span> <span class="hps">dúzia de</span> <span class="hps">lesões</span> <span class="hps">adicionais</span> <span class="hps">por célula</span> <span class="hps">por dia</span>, todas as quais <span class="hps">parecem ter sido</span> <span class="hps">reparadas.</span></span><span class="" id="result_box" lang="pt" style="font-size: small;"><span class="hps"> </span></span></div>
<div style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="font-family: inherit;">
<span class="" id="result_box" lang="pt" style="font-size: small;"><span class="hps">Embora o</span> <span class="hps">estudo tenha terminado depois de</span> <span class="hps">cinco semanas,</span> <span class="hps">Engelward</span> <span class="hps">acredita que os resultados</span> <span class="hps">seriam os mesmos</span> <span class="hps">para exposições mais longas</span>. <span class="hps atn">"</span>Minha opinião sobre isso <span class="hps">é que essa</span> <span class="hps">quantidade de radiação</span> <span class="hps">não está criando</span> <span class="hps">muitas</span> <span class="hps">lesões e </span><span class="hps">você já tem</span> <span class="hps">bons</span> <span class="hps">sistemas de reparação</span> <span class="hps">de DNA.</span> <span class="hps">Meu palpite é que</span> <span class="hps">você provavelmente poderia</span> <span class="hps">deixar</span> <span class="hps">os ratos</span> <span class="hps">lá indefinidamente</span> <span class="hps">e</span> <span class="hps">o dano não</span> <span class="hps">seria significativo</span><span class="hps">", diz ela</span>.<br />
<span class="hps"> </span></span></div>
<div style="font-family: inherit;">
<span class="" id="result_box" lang="pt" style="font-size: small;"><span class="hps">Doug</span> <span class="hps">Boreham</span>, um professor de <span class="hps">Física Médica</span> <span class="hps">e</span> <span class="hps">Ciências Aplicadas</span> <span class="hps">da </span></span><span class="" id="result_box" lang="pt" style="font-size: small;"><span class="hps">Radiação da</span></span><span class="" id="result_box" lang="pt" style="font-size: small;"><span class="hps"> Universidade McMaster</span>, diz que o estudo <span class="hps">adiciona-se à evidência</span> <span class="hps">crescente de que</span> <span class="hps">baixas doses de radiação</span> <span class="hps">não são</span> <span class="hps">tão prejudiciais quanto</span> <span class="hps">as pessoas muitas vezes</span> <span class="hps">temem</span>.<br />
<span class="hps"> </span></span></div>
<div style="font-family: inherit;">
<span class="" id="result_box" lang="pt" style="font-size: small;"><span class="hps">"Hoje,</span> <span class="hps">acredita-se que</span> <span class="hps">toda a radiação</span> <span class="hps">é ruim para o ser humano</span>, <span class="hps">e toda vez que uma pessoa recebe </span><span class="hps">um pouco de</span> <span class="hps">radiação,</span> <span class="hps">o seu</span> <span class="hps">o risco de câncer</span> <span class="hps">aumenta</span>", diz <span class="hps">Boreham,</span> <span class="hps">que não estava envolvido</span> <span class="hps">neste estudo.</span> <span class="hps">"Há</span> <span class="hps">agora</span> <span class="hps">evidências </span><span class="hps">de que esse</span> <span class="hps">não é o caso</span>."</span><span class="" id="result_box" lang="pt" style="font-size: small;"><b><span class="hps"> </span></b></span></div>
<div style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="font-family: inherit;">
<span class="" id="result_box" lang="pt" style="font-size: small;"><b><span class="hps">Estimativas conservadoras</span></b><br />
<span class="hps"> </span></span></div>
<div style="font-family: inherit;">
<span class="" id="result_box" lang="pt" style="font-size: small;"><span class="hps">A maioria dos estudos</span> <span class="hps">de radiação</span> <span class="hps">em que</span> <span class="hps">as orientações</span> <span class="hps">de evacuação</span> <span class="hps">foram</span> <span class="hps">baseadas</span> <span class="hps">foram originalmente</span> <span class="hps">feitos para estabelecer</span> <span class="hps">níveis seguros</span> <span class="hps">de radiação</span> <span class="hps">no local de trabalho</span>, diz <span class="hps">Yanch</span>, <span class="hps">o que significa</span> <span class="hps">que eles</span> <span class="hps">são muito conservadores</span>. <span class="hps">No caso dos trabalhadores</span>, isso faz sentido <span class="hps">porque o empregador</span> <span class="hps">pode pagar para a</span> <span class="hps">proteção</span> <span class="hps">dos seus</span> <span class="hps">empregados</span> <span class="hps">de uma só vez</span>, o que reduz <span class="hps">o custo</span>, diz ela.<br />
<br />
<span class="hps">No entanto,</span> <span class="hps">"quando</span> <span class="hps">você tem um</span> <span class="hps">ambiente contaminado</span>, <span class="hps">então a fonte</span> <span class="hps">não é mais controlada</span>, <span class="hps">e</span> <span class="hps">cada cidadão</span> <span class="hps">tem de pagar</span> <span class="hps">para</span> <span class="hps">evitar</span> <span class="hps">a sua</span> <span class="hps">própria dose</span>", <span class="hps">diz</span> <span class="hps">Yanch</span>. <span class="hps">"Eles têm que</span> <span class="hps">deixar sua casa</span> <span class="hps">ou</span> <span class="hps">sua comunidade</span>, talvez até <span class="hps">para sempre.</span> <span class="hps">Eles</span> <span class="hps">muitas vezes perdem</span> <span class="hps">seus empregos,</span> <span class="hps">como você viu</span> <span class="hps">em Fukushima</span>. <span class="hps">É aí que você</span> <span class="hps">realmente deve se perguntar o quão conservadora sua</span> <span class="hps">análise</span> <span class="hps">do efeito da radiação</span> deve ser. <span class="hps">Em vez de ser</span> <span class="hps">conservadora,</span> <span class="hps">faz mais sentido</span> <span class="hps">olhar para uma</span> <span class="hps">melhor estimativa</span> <span class="hps">do quão perigosa</span> <span class="hps">a radiação </span><span class="hps">é realmente.</span><span class="hps atn">"</span></span></div>
<div style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;"><span class="" id="result_box" lang="pt"><span class="hps">Essas estimativas</span> <span class="hps">conservadoras</span> <span class="hps">se baseiam na exposição</span> <span class="hps">aguda à radiação</span><span class="hps">, e</span><span class="">, em seguida,</span> <span class="hps">extrapolam</span> <span class="hps">o que poderia acontecer</span> <span class="hps">em doses e taxas de doses mais baixas</span>, <span class="hps">diz Engelward</span><span class="hps">.</span> <span class="hps atn">"</span>Basicamente, você <span class="hps">está usando</span> <span class="hps">um conjunto de dados</span> <span class="hps">coletados a partir de</span> <span class="hps">uma exposição</span> <span class="hps">aguda</span> <span class="hps">a alta dose</span> <span class="hps">para fazer previsões</span> <span class="hps">sobre o que está</span> <span class="hps">acontecendo em</span> <span class="hps">doses muito baixas</span> <span class="hps">durante um longo período</span> <span class="hps">de tempo,</span> <span class="hps">e você</span> <span class="hps">realmente não tem</span> <span class="hps">quaisquer dados</span> <span class="hps">diretos.</span> <span class="hps">É</span> <span class="hps">adivinhação</span> <span class="hps">", diz ela</span>. <span class="hps atn">"</span>As pessoas discutem <span class="hps">constantemente</span> <span class="hps">sobre como prever</span> <span class="hps">o que está acontecendo</span> <span class="hps">em doses e taxas de doses mais baixas</span>".<br />
<br />
<span class="hps">No entanto,</span> <span class="hps">as pesquisadoras dizem que</span> <span class="hps">mais estudos</span> <span class="hps">são necessários antes que</span> <span class="hps">as orientações</span> <span class="hps">de evacuação</span> <span class="hps">possam ser revistas.</span><br />
<br />
<span class="hps">"Claramente,</span> <span class="hps">estes estudos</span> <span class="hps">tiveram que</span> <span class="hps">ser feito</span> <span class="hps">em animais</span> <span class="hps">ao invés de pessoas</span>, mas <span class="hps">muitos estudos mostram que</span> <span class="hps">ratos</span> <span class="hps">e humanos compartilham</span> <span class="hps">respostas semelhantes</span> <span class="hps">à radiação</span>. <span class="hps">Este trabalho</span>, portanto, fornece <span class="hps">um quadro</span> <span class="hps">para a investigação adicional</span> <span class="hps">e</span> <span class="hps">avaliação cuidadosa</span> <span class="hps">das nossas</span> <span class="hps">diretrizes</span> atuais<span class="hps">",</span> <span class="hps">diz</span> <span class="hps">Engelward</span><span class="hps">. </span></span></span></div>
<div style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;"><span class="" id="result_box" lang="pt"><span class="hps">"É interessante</span> <span class="hps">que, apesar da</span> <span class="hps">evacuação</span> <span class="hps">de cerca de</span> <span class="hps">100.000 habitantes</span><span class="">, o governo japonês</span> <span class="hps">foi criticado por não</span> <span class="hps">impor</span> <span class="hps">evacuações</span> <span class="hps">para</span> <span class="hps">mais pessoas.</span> <span class="hps">A partir dos</span> <span class="hps">nossos estudos,</span> <span class="hps">preveríamos</span> <span class="hps">que a população</span> <span class="hps">que</span> <span class="hps">não foi evacuada</span> <span class="hps">não</span> <span class="hps">mostraria</span> <span class="hps">danos em excesso no DNA</span> <span class="hps">-</span> <span class="hps">isso é algo que</span> <span class="hps">pode ser testado</span> <span class="hps">usando as tecnologias</span> <span class="hps">recentemente</span> <span class="hps">desenvolvidos em nosso laboratório</span><span class="hps">", acrescenta ela</span>.<br />
<br />
<span class="hps">O primeiro autor</span> <span class="hps">deste estudo</span> <span class="hps atn">é o ex</span><span class="hps">-pós-doutorando</span> do MIT <span class="hps">Werner</span> <span class="hps">Olipitz</span>, e o trabalho <span class="hps">foi feito em colaboração</span> <span class="hps">com </span></span><span class="" id="result_box" lang="pt"><span class="hps">Leona</span> <span class="hps">Samson</span> <span class="hps">e</span> <span class="hps">Peter Dedon</span><span class="hps"> d</span></span><span class="" id="result_box" lang="pt"><span class="hps">o Departamento</span> <span class="hps">de Ciências Biológicas da</span> <span class="hps">Faculdade de Engenharia</span><span class="hps">.</span> <span class="hps">Estes estudos</span> <span class="hps">foram apoiados pelo</span> <span class="hps">Departamento de Energia (DOE)</span> <span class="hps">e</span> <span class="hps">pelo Centro</span> <span class="hps">de Ciências</span> <span class="hps">de Saúde Ambiental</span> </span><span class="" id="result_box" lang="pt"><span class="hps">do MIT</span></span><span class="" id="result_box" lang="pt">.</span></span></div>
<div style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;"><span class="" id="result_box" lang="pt"><br />
</span></span></div>
<div style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;"><b><span class="" id="result_box" lang="pt">Para saber mais</span></b></span></div>
<div style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="font-family: inherit; font-weight: normal;">
<span style="font-size: small;"><a href="http://ehp03.niehs.nih.gov/article/fetchArticle.action?articleURI=info%3Adoi%2F10.1289%2Fehp.1104294">Artigo científico da pesquisa</a><span id="goog_227338788">: </span>Integrated Molecular Analysis Indicates Undetectable DNA Damage in Mice after Continuous Irradiation at ~400-fold Natural Background Radiation -</span></div>
<h1 style="font-family: inherit; font-weight: normal;">
<span style="font-size: small;"><a href="http://www.cnen.gov.br/ensino/apostilas/rad_ion.pdf">Radiações Ionizantes e a Vida</a> - Apostila da CNEN<b> </b></span></h1>
<div style="font-family: inherit; font-weight: normal;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="font-family: inherit; font-weight: normal;">
<span style="font-size: small;"><b>Posts Relacionados</b></span></div>
<h3 class="post-title entry-title" itemprop="name" style="font-family: inherit; font-weight: normal;">
<span style="font-size: small;"><a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2012/03/robert-gale-o-saldo-de-fukushima-sera.html">Robert Gale: "O saldo de Fukushima será modesto"</a></span></h3>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7046850563793232843.post-82037598496759011502012-05-13T18:16:00.000-03:002012-05-13T18:20:32.737-03:00A energia nuclear na revista Estudos Avançados<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-UHGYQSjgGF8/T7AWpY-I5NI/AAAAAAAAAbc/daEkm91v5VE/s1600/caparev74.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://4.bp.blogspot.com/-UHGYQSjgGF8/T7AWpY-I5NI/AAAAAAAAAbc/daEkm91v5VE/s200/caparev74.jpg" width="139" /></a></div>
Às vésperas da conferência Rio+20, o Instituto de Estudos Avançados da USP lançou, na última sexta-feira, o <a href="http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_issuetoc&pid=0103-401420120001&lng=pt&nrm=iso">número 74</a> de sua revista cujo o tema é "Sustentabilidade".<br />
<br />
Com uma seção destinada à energia, quatro dos seis textos "discutem" a questão da energia nuclear. Na verdade, nas palavras do editorial, os textos revelam que "a hipótese da suficiência de nossas fontes é alentadora e alimenta a esperança de que é possível evitar o risco desnecessário de explorar a energia nuclear" (!). <br />
<br />
Sim, caro leitor, todos os quatro textos que tratam do assunto são contra a energia nuclear! É interessante notar que isso reflete a opinião do editor da revista, o Dr. Alfredo Bosi, professor da Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da USP e membro da Coalizão Brasileira contra as Usinas Nucleares. Ele já teve um texto comentado por mim <a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2011/09/energia-nuclear-o-retrocesso-do-debate.html">aqui no blog</a>.<br />
<br />
<b>Textos que eu não recomendo</b><br />
<br />
O texto <b><a href="http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142012000100020&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt">Repensando a energia nuclear</a></b>, do ambientalista Benjamin Sovacool, fala especificamente do contexto norte-americano. Um trecho desse texto já foi comentado <a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2011/09/queimar-carvao-para-enriquecer-e.html">aqui no blog</a>. Cuidado com esse texto, caro leitor: ele é falacioso!<br />
<br />
O artigo <b><a href="http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142012000100022&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt">Os deletérios impactos da crise nuclear no Japão</a></b>, é uma confusão danada! Embora o título (e o resumo) referem-se ao acidente de Fukushima, o texto em si fala sobre aspectos negativos gerais da energia nuclear. Até que o texto começa bem, falando dos efeitos de certos produtos de fissão à saúde e ao meio ambiente. Mas depois, fala sobre as vítimas da bomba atômica e as compara às de Fukushima (!). O texto finaliza com o "sempre perigoso lixo atômico"...<br />
<br />
<b>Textos interessantes</b><br />
<br />
A entrevista com o físico Bernard Laplonche, <b><a href="http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142012000100018&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt">Qual energia desejamos para o futuro?</a></b>, trata principalmente da situação da França, país cuja matriz energética é prioritariamente nuclear. É uma entrevista interessante já que Laplonche iniciou sua carreira na área nuclear, mas depois mudou de opinião sobre o uso dessa forma de energia.<br />
<br />
Por fim, o artigo <b><a href="http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142012000100021&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt">O espaço da energia nuclear no Brasil</a></b>, de Joaquim Francisco de Carvalho, também é uma leitura interessante. Ele fala sobre a história da energia nuclear e suas aplicações no País, defendendo a ideia de que o Brasil pode atender sua demanda por eletricidade sem energia nuclear. O artigo analisa também os argumentos comuns na imprensa, a favor e contrários às centrais nucleares, bem como alguns aspectos comerciais e políticos do problema. <br />
<br />
A revista Estudos Avançados está <a href="http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_issuetoc&pid=0103-401420120001&lng=pt&nrm=iso">disponível integralmente</a> na Scielo. Boa leitura!<br />
<br />
<br />
<b>Posts relacionados</b><br />
<br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2011/09/energia-nuclear-o-retrocesso-do-debate.html">Energia nuclear: o retrocesso do debate</a><br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2011/09/queimar-carvao-para-enriquecer-e.html">Queimar carvão para enriquecer e reprocessar Urânio: que papo é esse?</a><br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2012/03/robert-gale-o-saldo-de-fukushima-sera.html">Robert Gale: "O saldo de Fukushima será modesto"</a><br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2012/01/top-9-mitos-sobre-energia-nuclear.html">Top 9 mitos sobre energia nuclear</a><br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2011/09/e-preciso-ser-antinuclear-para-ser.html">É preciso ser antinuclear para ser ambientalista?</a><br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2011/07/e-o-tal-do-lixo-atomico.html">E o tal do "lixo atômico"?</a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7046850563793232843.post-5882262091635727782012-05-05T20:29:00.000-03:002012-05-05T21:41:33.944-03:00Presidente da Eletronuclear no Canal LivreO programa de entrevistas <b><a href="http://www.band.com.br/canallivre/">Canal Livre</a></b>, que foi ao ar na Band no último Domingo, 29 de Abril, recebeu o presidente da Eletronuclear, o Dr. Othon Pinheiro da Silva, para falar sobre o programa nuclear brasileiro.<br />
<br />
O Dr. Othon já foi membro da Marinha do Brasil e teve um papel fundamental no desenvolvimento das centrífugas para o enriquecimento de Urânio. Veja <a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2011/10/quem-e-othon-luiz-pinheiro-da-silva.html">esse post</a> para saber mais sobre ele. <br />
<br />
Confira a entrevista completa abaixo.<br />
<br />
<iframe width="640" height="360" src="http://www.youtube.com/embed/l6AwIMO9Dt8?rel=0" frameborder="0" allowfullscreen></iframe> <br />
<br />
<iframe width="640" height="360" src="http://www.youtube.com/embed/iiYZHtKGGH8?rel=0" frameborder="0" allowfullscreen></iframe> <br />
<br />
<iframe width="640" height="360" src="http://www.youtube.com/embed/etBCwAAOAMo?rel=0" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><br />
<br />
<br />
<b>Posts relacionados</b><br />
<br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2011/10/quem-e-othon-luiz-pinheiro-da-silva.html">Quem é Othon Luiz Pinheiro da Silva?</a> <br />
<br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2011/07/noticia-submarino-e-para-seguranca-das.html">Inicia-se a nova era do submarino nuclear brasileiro!</a> <br />
<br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2011/11/entrevista-enriquecendo-com-laser.html">Entrevista: Enriquecendo com laser, a técnica para o futuro</a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7046850563793232843.post-20801728319694685702012-04-30T10:31:00.000-03:002012-05-02T10:17:13.849-03:00Roda Viva com José Goldemberg<a href="http://2.bp.blogspot.com/-QMwtMGE-37E/T56ImAx23WI/AAAAAAAAAbM/IJmSd7TnkVU/s1600/lampada-e-arvore.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-QMwtMGE-37E/T56ImAx23WI/AAAAAAAAAbM/IJmSd7TnkVU/s320/lampada-e-arvore.jpg" width="200" /></a>No programa Roda Viva com o Dr. José Goldemberg, que foi ao ar na TV Cultura em 09/04/2012, são discutidos diversos assuntos relacionados à energia no Brasil e aos impactos disso no meio ambiente, tema que ganha novo fôlego às vésperas da <a href="http://www.rio20.gov.br/">Conferência Rio +20</a>, marcada para Junho desse ano.<br />
<br />
Embora a energia nuclear não seja o foco dessa discussão, outros aspectos da política energética brasileira, como as fontes fósseis com o petróleo do pré-Sal, as hidroelétricas com a Usina de Belo Monte, a energia eólica e a biomassa, entre outras, também são importantes no debate da energia nuclear no Brasil.<br />
<br />
<a href="http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727217T5">José Goldemberg</a> é físico e possui doutorado em física nuclear pela Universidade de São Paulo (USP). É membro da Academia Brasileira de Ciências e já foi reitor da USP (1986 - 1990). No governo federal, foi secretário da Ciência e Tecnologia (1990 - 1991), ministro da Educação (1991 - 1992) e secretário do Meio Ambiente (março a julho de 1992), durante o governo de Fernando Collor de Mello. No estado de São Paulo, foi secretário do Meio Ambiente de 2002 a 2006. Dentre os prêmios recebidos, destaca-se o Prêmio Planeta Azul (2008) considerado um dos maiores da área do meio ambiente. Na mídia, Goldemberg frequentemente aparece defendendo a energia eólica e a biomassa e se opondo à construção de novas usinas nucleares no Brasil.<br />
<br />
Confira o Roda Viva com o Dr. José Goldemberg. <br />
<br />
<iframe width="480" height="360" src="http://www.youtube.com/embed/puI9x0wHF_s?rel=0" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><br />
<br />
<br />
<b>Posts relacionados</b><br />
<br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2011/04/dica-de-livro-energia-nuclear-do.html">Dica de livro - Energia Nuclear: do anátema ao diálogo<br />
</a><br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2011/10/palestra-na-rede-o-futuro-da-energia.html">Palestra na rede: o futuro da energia nuclear no País</a> <br />
<br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2011/10/dos-fosseis-aos-renovaveis-dificil.html">Dos fósseis aos renováveis: a difícil transição energética</a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7046850563793232843.post-88302437820436877622012-04-22T19:07:00.000-03:002012-04-22T19:17:14.995-03:00O cinema pós-traumático do Japão<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<b>DENNIS LIM</b>, do "NEW YORK TIMES". Tradução de <b>PAULO MIGLIACCI.</b></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<b>Fonte: <a href="http://www.blogger.com/goog_47329137">Folha de São Paulo, 27/03/2012</a></b></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<br />
Presume-se há muito que os cineastas devem caminhar com cuidado ao
filmar sobre uma tragédia. Quer se trate de uma guerra ou genocídio,
ataque terrorista ou desastre natural, a importância de registrar um
testemunho entra em choque com o perigo de trivializar ou explorar a
calamidade.<br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-uAkViQiGsIs/T5R_dHW7RaI/AAAAAAAAAa8/2mi3Utt3WHY/s1600/jap1.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="234" src="http://4.bp.blogspot.com/-uAkViQiGsIs/T5R_dHW7RaI/AAAAAAAAAa8/2mi3Utt3WHY/s320/jap1.jpeg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto de 12 de fevereiro deste ano, destruíção pelo tsunami.</td></tr>
</tbody></table>
Nos anais do cinema-catástrofe, o triplo desastre japonês provou ser um
caso incomumente acelerado. Meses depois do poderoso tsunami e terremoto
que mataram milhares de pessoas e causaram derretimento de reatores na
usina nuclear Fukushima Daiichi, já surgiram filmes sobre o assunto em
número suficiente para constituir um subgênero.<br />
<br />
O Festival de Cinema de Berlim, em Fevereiro, exibiu três
documentários sobre o desastre e suas consequências, lidando
coletivamente com tópicos como as complicações do esforço de limpeza, o
sofrimento das pessoas evacuadas e o movimento de oposição à energia
nuclear, que ganhou nova energia.<br />
<br />
A Japan Society, de Nova York, marcou a passagem do primeiro aniversário
da calamidade com exibições de filmes como "The Tsunami and the Cherry
Blossom", um documentário de curta metragem indicado ao Oscar e dirigido
por Lucy Walker, e "Pray for Japan", que o diretor Stu Levy rodou
enquanto trabalhava como voluntário nas operações de resgate em Tohoku,
uma das regiões devastadas pelo desastre.
<br />
<br />
A lista de documentários é longa e está crescendo. A crise de Fukushima
foi tema de uma edição recente do programa norte-americano "Frontline", e
a rede de televisão japonesa NHK exibiu um programa por dia sobre o
assunto na semana que antecedeu o 11 de março.
<br />
<br />
Mas essa nova onda de cinema pós-traumático também inclui diversos
trabalhos de ficção, entre os quais "Women on the Edge", filme de
Masashiro Kobayashi que mostra três irmãs distanciadas que voltam a se
unir em meio aos destroços de sua aldeia natal, e "Himizu", adaptação de
um mangá sobre adolescentes perturbados que o diretor Sion Siono
reescreveu rapidamente a fim de incorporar a devastação concreta da
região como pano de fundo.
<br />
<br />
A primeira tentativa de montar um panorama sobre a visão do cinema
quanto ao 11 de março aconteceu em outubro de 2011, no Festival
Internacional de Documentários de Yamagata, cidade que fica do lado
oposto da cordilheira que se ergue sobre a região de Fukushima. Ao
perceber o grande número de trabalhos inscritos que tinham temas
relacionados ao desastre, Asako Fujioka, a diretora do escritório do
festival em Tóquio, diz que ela e seus colegas decidiram exibir tudo que
lhes fosse apresentado.
<br />
<br />
<b>PECADO</b>
<br />
<br />
A ideia, informou Fujioka em mensagem de e-mail, era "eliminar a
curadoria" e em lugar disso apresentar um "arquivo visual improvisado". O
festival de Yamagata exibiu 29 filmes sobre o terremoto e suas
consequências, como parte de um programa chamado "Cinema Conosco".
Alguns dos trabalhos adotavam abordagens oblíquas, como o projeto
colaborativo iniciado pela cineasta Naomi Kawase, que incluía
colaborações de realizadores famosos, a exemplo do tailandês Apichatpong
Weerasethakul e do chinês Jia Zhangke, sobre o conceito de lar, mas a
maioria consistia de imagens rodadas nas áreas mais atingidas.
<br />
<br />
O grande volume de respostas, e a velocidade com que os cineastas
reagiram, podem ser efeito de diversos fatores: a conveniência da
tecnologia digital de filmagem, a velocidade do ciclo permanente de
notícias, a escala da catástrofe (que matou milhares de pessoas e deixou
muito mais desabrigados) e a percepção de que era necessário contestar
as posições do governo e as reportagens dos grandes veículos de imprensa
(que foram alvo de análise e críticas rigorosas).
<br />
<br />
Há quem sugira impulsos mais profundos: "Tornou-se quase uma obrigação
fazer alguma coisa sobre o terremoto, ao ponto de que filmar sobre
alguma outra coisa era visto como uma espécie de pecado", diz Toshi
Fujiwara, cujo filme "No Man's Zone", sobre as cidades abandonadas na
região de Fukushima, foi exibido em Berlim.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-5DdEfOEjBFQ/T5R_e8nT1qI/AAAAAAAAAbE/1OAoBNa78HE/s1600/jap2.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-5DdEfOEjBFQ/T5R_e8nT1qI/AAAAAAAAAbE/1OAoBNa78HE/s1600/jap2.jpeg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Soldados da Defesa Civil japonesa resgatam moradores ilhados após o terremoto em Fukushima, no Japão. </td></tr>
</tbody></table>
<br />
Chris Fujiwara, diretor artístico do Festival de Cinema de Edimburgo e
ex-professor da Universidade de Tóquio, apontou que muitos dos filmes
"mencionam explicitamente ou aludem a um contexto muito amplo e rico
para compreender o que o desastre revelou sobre a sociedade japonesa".
<br />
<br />
"No Man's Zone" é um filme-ensaio, que considera de uma perspectiva
filosófica o que significa filmar algo invisível: as moléculas
radiativas que podem tornar a região inabitável por décadas, e pôr fim
ao modo de vida agrícola que já estava desaparecendo e agora pode ser
extinto.
<br />
<br />
Atsushi Funahashi, com "Nuclear Nation", também exibido em Berlim,
retrata as vidas cotidianas dos refugiados nucleares que foram forçados a
abandonar a cidade de Futaba e o arrependimento do prefeito, agora
desprovido de cidade para governar, que fala com franqueza da
dependência fáustica de seu governo quanto ao dinheiro do setor nuclear.
<br />
<br />
<b>URGÊNCIA E DEVER</b>
<br />
<br />
Os filmes inspiraram debate não apenas sobre questões mas sobre os
métodos dos cineastas. Alguns dos documentários exibidos em Yamagata
resultaram em discussões vigorosas, de acordo com Fujioka, que
acrescentou que os filmes "muitas vezes revelam a intranquilidade do
cineasta, apanhado entre duas emoções: a urgência e o dever de registrar
a realidade e o sentimento de culpa pela intrusão e por possivelmente
tirar vantagem da tragédia que se abateu sobre as vítimas".
<br />
Muitas das questões éticas quanto a documentar o desastre giram em torno
da dificuldade de conciliar as perspectivas de quem vê de fora e as
experiências das pessoas diretamente afetadas. No caso dos filmes sobre o
11 de março, essas preocupações podem ser "coloridas pelas ideias
japonesas quanto a decência e vergonha", disse Chris Fujiwara, que não é
parente do cineasta Toshi Fujiwara.
<br />
<br />
Em "311", um dos mais controversos entre os filmes exibidos em Yamagata,
quatro cineastas de Tóquio registram sua jornada à região de Fukushima.
O que começa como uma "road trip" complicada e de humor negro, com as
câmeras registrando contadores Geiger, se torna ainda mais incômodo
quando eles entrevistam os moradores desorientados, acompanham a
retirada de corpos e recebem, mais de uma vez, ordens de parar de
filmar.
<br />
<br />
O conflito entre os moradores locais e os intrujões da cidade grande
espelha uma dinâmica subjacente à crise em Fukushima: a usina destruída
era operada pela Tokyo Electric Power Company e gerava energia consumida
em Tóquio, a 150 quilômetros de distância.
<br />
<br />
Ética e estética se entrelaçam de modo especial nesses filmes, o que
traz à memória o famoso pronunciamento de Jean-Luc Godard: "Travellings
são uma questão de moralidade". Como no caso dos filmes sobre o furacão
Katrina, muitos desses trabalhos mostram destroços e ruínas, tipicamente
em longas tomadas filmadas de um veículo em movimento. Esse motivo
visual captura a magnitude da devastação mas também transforma o
desastre em turismo.
<br />
<br />
Entre os filmes mais sutis sobre Fukushima, "No Man's Land" talvez
também seja aquele que revela mais consciência sobre os problemas do
subgenêro. Fujiwara opera basicamente com uma câmera montada em tripé
que registra demoradamente a beleza intrínseca das paisagens; a narração
em off questiona nossa atração mórbida pelas imagens de destruição e
menciona a relutância do cinegrafista quanto a caminhar pelas ruínas.
<br />
<br />
Alguns outros cineastas também buscaram um tom contemplativo, Jon Jost,
veterano cineasta independente norte-americano (autor de "Sure Fire"),
participou do Festival de Yamagata no ano passado e visitou as regiões
devastadas. Agora, está concluindo um filme que rodou em uma ilha
próxima do epicentro do abalo.
<br />
<br />
Intitulado "The Narcissus Flowers of Katsura-shima", o trabalho
incorpora imagens de paisagens e poesia japonesa tradicional. A resposta
não convencional do cineasta experimental Takashi Makino a Fukushima é
um curta chamado "Generator", que vê Tóquio como organismo em
desintegração por meio de imagens abstratas e pulsantes.
<br />
<br />
<b>SABER O QUE FILMAR</b>
<br />
<br />
O programa "Cinema Conosco" do Festival de Yamagata percorreu o Japão
nos últimos meses. Fujioka diz que alguns espectadores, especialmente
nas regiões devastadas, se comoveram, mas em outras regiões ela percebeu
certa falta de interesse. "As pessoas, especialmente os jovens, querem
ir adiante, agora que não estão em perigo", disse. "Há alguma fadiga de
desastre".
<br />
<br />
Mas não parece que o número de filmes diminuirá. Alguns dos cineastas
que já trabalharam com o 11 de março, entre os quais Funahashi e
Fujiwara, preparam continuações. Fujiwara também diz que continua
determinado a investigar outros aspectos da área de Fukushima, entre os
quais sua história arqueológica, mas não sabe se o debate público
causado pelo desastre seguirá adiante.
<br />
<br />
"Continuamos a evitar o debate", diz, acrescentando que boa parte do
diálogo gira em torno da "fetichização do desastre". Em sua opinião, o
maior crime para um cineasta é tratar do tema sem ponto de vista claro.
<br />
<br />
Dada a gravidade da situação, diz, já não basta simplesmente refletir o
persistente sentimento de confusão. "Essas pessoas perderam parentes,
perderam casas, perderam todo um estilo de vida. Se você não sabe o que
filmar, não filme. Deixe-as em paz".
<br />
<br />
<br />
<b>Posts Relacionados</b><br />
<br />
<a href="http://www.blogger.com/O%20http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2012/03/robert-gale-o-saldo-de-fukushima-sera.html">Robert Gale: O saldo de Fukushima será modesto</a><br />
<br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2011/06/palestra-na-rede-acidente-nuclear-no.html">Palestra na rede: Acidente Nuclear no Japão</a><br />
<a href="http://www.blogger.com/goog_1852086413"><br /></a><br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2011/05/licoes-de-fukushima.html">Lições de Fukushima</a><br />
<br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2011/03/para-nao-dizer-que-nao-falei-de.html">Para não dizer que não falei de Fukushima</a><br />
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7046850563793232843.post-72375226790147759912012-04-15T21:44:00.002-03:002012-04-16T00:17:15.777-03:00Radio Bikini e os soldados atômicos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-FooWgU3fKFw/T4tV1Vg13kI/AAAAAAAAAak/4kIyAbU3qe8/s1600/ambiente.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-FooWgU3fKFw/T4tV1Vg13kI/AAAAAAAAAak/4kIyAbU3qe8/s1600/ambiente.jpg" /></a></div>Entre 1946 e 1962, os Estados Unidos conduziram diversos testes de bombas atômicas nos quais milhares de militares foram expostos à radiação. Tais testes começaram na pequena ilha de Bikini (no oceano Pacífico) e, depois de 1951, grande parte foi conduzida no sítio de testes de Nevada. <br />
<br />
Segundo a Agência de Defesa Nuclear, cerca de 225 mil militares - os soldados atômicos - estiveram envolvidos nestes testes depois da Segunda Guerra Mundial. Isso porque se queria determinar se, em uma guerra nuclear, as tropas poderiam sobreviver à radiação, fosse após uma exposição de cinco minutos ou de cinco dias!<br />
<br />
Nas décadas de 1940 e 1950 era impossível determinar uma relação causal entre uma exposição à radiação e o desenvolvimento de um câncer específico. Sabia-se apenas, como resultado do Projeto Manhattan (devido a acidentes como o Demon Core), que altas doses de radiação levaria uma pessoa à morte em poucos dias. Caber ressaltar que mesmo hoje é difícil estabelecer uma relação causal entre baixas doses de radiação e câncer.<br />
<br />
Os documentos sobre os testes de armas nucleares e os soldados atômicos foram classificados como secretos e ficaram sob a posse do governo norte-americano até a década de 1970, quando o Ato de Privacidade de 1974 (Privacy Act) complementou o Ato de Liberdade de Informação de 1966 (Freedom of Information Act), e tornou tais documentos acessíveis ao público.<br />
<br />
E foi usando informações desclassificadas pelos Atos citados que o produtor e diretor Robert Stone fez o documentário <b>Radio Bikini</b> em 1987. Indicado para o Oscar em 1988 e vencedor do San Francisco Film Festival's Golden Gate Award, esse documentário relata os primeiros dois testes de armas nucleares após a Segunda Guerra Mundial usando imagens da época feitas pela Marinha americana no atol de Bikini. <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-1LTuTOFsEPE/T4tMDePVyfI/AAAAAAAAAaY/2pWh8bfiE24/s1600/docBikini.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="317" src="http://4.bp.blogspot.com/-1LTuTOFsEPE/T4tMDePVyfI/AAAAAAAAAaY/2pWh8bfiE24/s320/docBikini.jpg" width="214" /></a></div><br />
<b>Dados técnicos:</b><br />
<br />
<br />
<b>Título:</b> Radio Bikini<br />
<br />
<b>Duração:</b> 56 minutos<br />
<br />
<b>Direção:</b> Robert Stone<br />
<br />
<b>Ano:</b> 1987<br />
<br />
<b>País: </b>Reino Unido, Estados Unidos<br />
<br />
<b>Gênero: </b>Documentário <br />
<br />
<br />
<br />
Confira abaixo o documentário com legenda em português:<br />
<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="360" src="http://www.youtube.com/embed/4c14uudVDG8?rel=0" width="480"></iframe><br />
<br />
<br />
Diversos testes foram realizados no Atol de Bikini. A mais destrutiva foi a bomba Bravo, lançada em 1954 sobre o banco de coral que cerca o atol, que pulverizou três ilhas e abriu na lagoa uma cratera de 1,5 quilômetro de largura e 120 metros de profundidade (veja a foto de satélite abaixo).<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-Zi8Scbr2gzg/T4tWnA_gp4I/AAAAAAAAAas/PXFaj3W3Iuw/s1600/PacificProvingGrounds_BikiniAtoll_CastleBravoCrater.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="433" src="http://3.bp.blogspot.com/-Zi8Scbr2gzg/T4tWnA_gp4I/AAAAAAAAAas/PXFaj3W3Iuw/s640/PacificProvingGrounds_BikiniAtoll_CastleBravoCrater.jpg" width="640" /></a></div><br />
<br />
Devido à alta radioatividade liberada pelas bombas, o atol teve que permanecer isolado por meio século. Em 1997, um <a href="http://www-ns.iaea.org/appraisals/bikini-atoll.asp">relatório da Agência Nacional de Energia Atômica</a> examinou os níveis de radioatividade no local e concluiu que ainda não seria possível reabitar a ilha de Bikini, pois o solo está contaminado com Césio-137 que poderia passar para a comida que, quando ingerida, poderia resultar em doses anuais efetivas nos habitantes locais maiores que os limites recomendados pela Agência. <br />
<br />
Em 2010, o Atol de Bikini foi considerado pela UNESCO Patrimônio da Humanidade. Nesse mesmo ano, após seis relatórios de diferentes instituições declararam o atol livre de radiação em níveis perigosos para o ser humano (embora ainda não seja possível a reabitação do local), o atol foi reaberto oficialmente ao turismo, sendo o mergulho a principal atração (uma viagem de 13 dias custa cerca de 5.000 dólares).<br />
<br />
A fauna marinha, intocada durante quase quarenta anos, cresceu e se diversificou, fazendo de Bikini um dos santuários ecológicos mais ricos do mundo. Além disso, no fundo da lagoa há um cemitério de navios de guerra completos, com armas, munição, bombas ainda ativadas, xícaras de café e lâmpadas intatas. <br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-MnbG40Obq3k/T4tXxeoWXTI/AAAAAAAAAa0/Blt4bjY6Hjk/s1600/devoltaabikini-00012-512x288-la.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-MnbG40Obq3k/T4tXxeoWXTI/AAAAAAAAAa0/Blt4bjY6Hjk/s1600/devoltaabikini-00012-512x288-la.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagem do Atol de Bikini. Fonte: <a href="http://www.natgeo.com.br/br/especiais/de-volta-a-bikini/fotos/#http://cdn-flac.ficfiles.com/sites/natgeo-br/files/img/galleries/738/devoltaabikini-00012-512x288-la.jpg?ver=2bb3c9f1-4242-44b0-b39c-e4bb6701">National Geographic</a>.</td></tr>
</tbody></table><br />
Em 1996, o brasileiro Lawrence Wahba tornou-se o primeiro a receber autorização para filmar em suas águas azul-turquesa. Em 2006, ele retornou às ilhas para conferir as mudanças desde sua primeira passagem por lá. O resultado é o documentário <b>De Volta a Bikini</b>, exibido no canal National Geographic em 2008. Suas imagens dão testemunho da capacidade de regeneração da natureza. Algumas fotos e a entrevista de Lawrence Wahba podem ser conferidas no <a href="http://www.natgeo.com.br/br/especiais/de-volta-a-bikini/">site da NatGeo</a>.<br />
<br />
<b>Referência na cultura popular:</b> Você sabia que o Bob Esponja, personagem de um desenho animado da Nickelodeon, vive numa cidade chamada Fenda do Biquíni que supostamente fica debaixo do Atol de Bikini? Num dos episódios (<a href="http://youtu.be/4Qx2RrmAH4c">Dying for a Pie</a>), uma bomba disfarçada de torta explode violentamente. Na ocasião, é mostrada cena de teste da bomba-H em Bikini.<br />
<br />
<br />
<b>Posts Relacionados</b><br />
<br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2011/09/o-projeto-manhattan-em-filmes.html">O Projeto Manhattan em filmes</a><br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2011/09/opiniao-publica-da-tecnologia-nuclear.html"><br />
A opinião pública da tecnologia nuclear em meio século de História</a> <br />
<br />
<br />
<b>Para saber mais</b><br />
<a href="http://arquivosreporter.blogspot.com.br/2011_01_01_archive.html"><br />
O atol de Bikini - Arquivos de um Repórter</a><br />
<br />
<a href="http://www-ns.iaea.org/appraisals/bikini-atoll.asp">Conditions at Bikini Atoll. Relatório da AIEA.</a><br />
<br />
<a href="http://www.natgeo.com.br/br/especiais/de-volta-a-bikini/fotos/#http://cdn-flac.ficfiles.com/sites/natgeo-br/files/img/galleries/738/devoltaabikini-00001-512x288-la.jpg?ver=28332744-7c7f-4dea-9088-eb8a3b02">De volta a Bikini - Fotos - National Geographic</a><br />
<br />
James Flynn, Nuclear Stigma em The Social Amplification of the Risk.Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7046850563793232843.post-66241708296384891852012-04-02T11:33:00.002-03:002012-04-02T11:49:20.125-03:00Brasil completa 30 anos de uso da energia nuclear com avanços tecnológicos e críticas<b>Fonte:</b> <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-04-01/brasil-completa-30-anos-de-uso-da-energia-nuclear-com-avancos-tecnologicos-e-criticas">Agência Brasil (01/04/2012 - 10h55) </a><br />
<br />
Brasília – O Brasil chega aos 30 anos de uso da energia nuclear com recorde de produção de 15,644 milhões de megawatts-hora (MWh), registrado no ano passado, e a possibilidade de, com a conclusão de Angra 3, em 2016, ter 60% do consumo de energia elétrica do estado do Rio de Janeiro abastecidos pela fonte nuclear. Hoje, as duas usinas nucleares em funcionamento no país, Angra 1 e Angra 2, geram o equivalente a 30% do que é consumido no estado.<br />
<br />
Na avaliação do presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro, o uso da fonte nuclear para geração de energia trouxe ao país maturidade tecnológica na área, abrindo o campo de trabalho e colaborando para a formação de engenheiros nucleares de padrão internacional. “A principal vantagem que tivemos foi o aprendizado”, avaliou.<br />
<br />
Para Othon Pinheiro, hoje, não se pode prescindir da fonte nuclear de energia que, na sua opinião, não pode ser descartada da matriz energética nacional. “É muito importante na geração de eletricidade, porque nós temos, hoje, no Brasil, 80% da população vivendo nas cidades. A sustentabilidade das cidades passa pela energia elétrica, da forma mais econômica e racional possível”.<br />
<br />
Ele, inclusive, refuta o posicionamento de ambientalistas, que fazem oposição ao uso da energia nuclear, defendendo que, “se tratada de forma adequada, é uma fonte de energia limpa e não deve ser descartada da matriz energética nacional”.<br />
<br />
Othon Pinheiro lembrou da característica estratégica da energia nuclear, por ser opção em caso de problemas na oferta de energia elétrica devido a questões climáticas, já que a matriz energética é majoritariamente hidrelétrica. “Precisamos da [fonte de energia] eólica, da solar. Seria bom se elas trabalhassem sozinhas. Mas a gente precisa das térmicas, para acionar em caso de problema da natureza. Energia é como ação [da Bolsa de Valores]. Por melhor que seja, a gente tem que comprar uma cesta de papéis para garantia do investimento”. Para o presidente da Eletronuclear, o país não pode descartar nenhuma fonte de energia renovável.<br />
<br />
Ele defende a geração de energia nuclear por considerá-la de baixo impacto ambiental e por questões de custo. Pinheiro ressalta que, dentre as térmicas, como as que produzem energia a partir do carvão, óleo combustível ou gás, a usina nuclear é a que tem menos custo. Além disso, ele lembra que o Brasil tem uma grande reserva de urânio, sendo “falta de imaginação” não aproveitar esse potencial.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-TdEGOtovVoc/T3m6-jfcv_I/AAAAAAAAAaM/OQgJGBZW6Jk/s1600/foto%2Bantiga%2Bde%2Bangra%2B1.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="291" src="http://2.bp.blogspot.com/-TdEGOtovVoc/T3m6-jfcv_I/AAAAAAAAAaM/OQgJGBZW6Jk/s400/foto%2Bantiga%2Bde%2Bangra%2B1.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Construção do prédio do reator de Angra 1 em meados da década de 1970.<br />
<a href="http://www.eletronuclear.gov.br/Not%C3%ADcias/NoticiaDetalhes.aspx?NoticiaID=596">Fonte: Site da Eletronuclear.</a></td></tr>
</tbody></table><br />
Angra 1, a primeira usina nuclear a entrar em funcionamento no país, foi interligada ao sistema elétrico nacional no dia 1º de abril de 1982. E, mesmo contestando a real necessidade do Brasil lançar mão dessa fonte de energia tão controversa, o físico Luiz Pinguelli Rosa, ex-presidente da Eletrobras, acredita que a geração de energia nuclear constitui um fato histórico. “A gente não pode se arrepender da história. Ela é como é”, disse Pinguelli à Agência Brasil. <br />
<br />
Diretor da Coordenação de Programas de Pós-Graduação de Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e secretário executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, Pinguelli, no entanto, enfatiza que geração de energia a partir da fonte nuclear não pode ser vista como imprescindível para o país. Para ele, a energia produzida pelas usinas Angra 1 e 2 poderia ser compensada por outras fontes de energia renováveis. “Por hidrelétricas mesmo. Até agora, não haveria problema”.<br />
<br />
Ele relembra o acordo nuclear bilateral, firmado entre o Brasil e a Alemanha, em 1975, que previa a construção de oito reatores, definindo que nem tudo correu bem em relação à energia nuclear no Brasil. “Acho que o acordo com a Alemanha foi malsucedido do ponto de vista brasileiro”. Os custos elevados e as seguidas crises econômicas fizeram, no entanto, com que apenas duas usinas fossem construídas no país até agora.<br />
<br />
Pinguelli, por outro lado, concorda com Othon Pinheiro sobre o ganho tecnológico que a geração nuclear propiciou ao Brasil, embora a um custo muito elevado. “Criou-se uma competência na engenharia nuclear. Os dois reatores que o Brasil tem funcionando têm boa performance técnica”. O físico destacou, ainda, como avanço tecnológico o aprendizado relativo ao enriquecimento do urânio. “Acho que esse é o ponto, tecnologicamente, mais elevado, promovido pela Marinha de Guerra”. <br />
<br />
<br />
<b>Para saber mais</b><br />
<br />
<a href="http://www.eletronuclear.gov.br/Not%C3%ADcias/NoticiaDetalhes.aspx?NoticiaID=596">Angra 1 completa 30 anos olhando para o futuro - Site da Eletronuclear</a><br />
<br />
<b>Posts relacionados </b><br />
<br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2011/10/palestra-na-rede-o-futuro-da-energia.html">Palestra na rede: o futuro da energia nuclear no País </a><br />
<br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2011/09/queimar-carvao-para-enriquecer-e.html">Queimar carvão para enriquecer e reprocessar Urânio: que papo é esse?</a> <br />
<br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2011/10/fornecedores-apertados-sem-demanda.html">Fornecedores apertados sem demanda nuclear</a> <br />
<br />
<a href="http://conhecerparadebater.blogspot.com.br/2011/10/dos-fosseis-aos-renovaveis-dificil.html">Dos fósseis aos renováveis: a difícil transição energética</a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7046850563793232843.post-67424477244518866502012-03-24T11:48:00.002-03:002012-03-24T18:50:19.905-03:00Irradiação de tecidos biológicos garante qualidade e segurança para pacientes<a href="https://www.ipen.br/sitio/?idc=11000">Fonte: Site do IPEN</a><br />
<br />
Em parceria com importantes bancos de tecidos do país, o Centro de Tecnologia das Radiações do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares em São Paulo irradia tecidos biológicos utilizados em transplantes e desenvolve pesquisas envolvendo o uso da radiação ionizante. A radiação já se mostrou eficaz para eliminar contaminantes biológicos de várias origens.<br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-A7txPKj3d44/T23cuqX_OHI/AAAAAAAAAaA/rJ2VfXxeMzc/s1600/MonicaMathor.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="http://1.bp.blogspot.com/-A7txPKj3d44/T23cuqX_OHI/AAAAAAAAAaA/rJ2VfXxeMzc/s200/MonicaMathor.jpg" width="161" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Dra. Mônica Mathor</td></tr>
</tbody></table>A linha de pesquisa relacionada à irradiação de tecidos humanos é coordenada pela farmacêutica bioquímica Monica Mathor. A doutora em tecnologia nuclear explica que é feita a radioesterilização para instituições como o Banco de Tecidos Músculo-Esquelético do Hospital das Clínicas da UFPR e o Banco de Tecidos Músculo Esquelético do Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.<br />
<br />
Os tecidos abrangidos pelo processo podem ser pele, córnea, ossos, tendões e âmnion. Na prática, o maior uso dos tecidos irradiados tem sido na área de odontologia, para ossos que passam pelo processo de liofilização. O material é empregado, por exemplo, em cirurgias odontológicas, para preencher cavidades.<br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-iMlsOr3qNBI/T23cFv87UPI/AAAAAAAAAZ0/4xQ5MJ5M9fs/s1600/tecidos.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="204" src="http://1.bp.blogspot.com/-iMlsOr3qNBI/T23cFv87UPI/AAAAAAAAAZ0/4xQ5MJ5M9fs/s320/tecidos.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Acondicionamento dos tecidos irradiados </td></tr>
</tbody></table>O chefe do banco de tecidos do IOT/HC da FMUSP, Luiz Augusto Ubirajara Santos, explica que a Anvisa está estimulando a produção nacional de tecidos, possibilitando sua rastreabilidade, ou seja, acompanhar a origem do tecido, como ele foi processado e como é armazenado. “E a irradiação chega como uma boa medida de segurança”, afirma. Ele destaca ainda que uma aplicação importante é a irradiação de ossos a serem transplantados em pacientes com o sistema imunológico comprometido. O banco mantém diversas linhas de pesquisa, tanto na parte de transplantes ortopédicos quanto odontológicos. <br />
<br />
O Banco do Tecidos do Instituto Central do Hospital das Clínicas, parceiro pioneiro no trabalho em conjunto com o instituto (no ano de 2000), está apenas aguardando credenciamento para ser reinaugurado. "Além de pele, o banco também vai armazenar membrana amniótica", destaca seu responsável, André Oliveira Paggiaro, que desenvolveu uma pesquisa de doutorado no Ipen. No estudo, Paggiaro cultivou células epiteliais sobre membranas amnióticas irradiadas e não irradiadas para verificar o efeito da irradiação sobre o crescimento celular. A dose de 25 quiloGray foi considerada muito alta para o cultivo celular. Outro estudo em curso procura identificar a dose ideal. Para uso exclusivo das membranas, a irradiação já se mostrou eficaz.<br />
<br />
Em se tratando de peles ou ossos, a captação é feita de pacientes falecidos que se tornam doadores. “Como as campanhas são vinculadas aos tecidos, as famílias acabam tendo muitas dúvidas”, explica Paggiaro. Mas a pele é retirada em regiões imperceptíveis e os ossos têm implantado em seu lugar uma prótese. Há um cuidado em deixar o doador em condições semelhantes às de um doador de fígado ou rim.<br />
<br />
Existem uma série de condições necessárias para a doação de membrana amniótica, captada de parturientes de cesariana. A membrana doada pode servir como um substituto cutâneo temporário, para o tratamento de queimados e ainda como substituto para a córnea humana. A doação do tecido, acredita-se, deverá encontrar melhor aceitação. No início desse trabalho, será preciso estabelecer protocolos. Mesmo a legislação ainda precisa ser criada. Paggiaro lembra que “no mundo se utiliza muito mais irradiação para tecidos. Infelizmente estamos um passo atrás”.<br />
<br />
Mathor explica que o Ipen pode dar todo o suporte para os bancos de tecido do país e para as plantas de irradiação, instalações comerciais capazes de realizar o serviço. “É preciso investir em treinamento e capacitação”, conclui.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7046850563793232843.post-28455763541491640932012-03-15T13:24:00.002-03:002012-03-24T12:01:09.936-03:00Robert Gale: "O saldo de Fukushima será modesto"<b><span style="font-size: large;">O oncologista americano que assessora o governo japonês sobre os riscos à saúde em torno da usina atômica diz haver um temor exagerado diante da radiação</span></b><br />
<div style="text-align: right;"><b><span style="font-size: large;"> <span style="font-size: small;"><a href="http://revistaepoca.globo.com/Mundo/noticia/2012/03/robert-gale-o-saldo-de-fukushima-sera-modesto-integra.html">Revista ÉPOCA, 11/03/2012 </a></span></span></b></div><br />
<div style="text-align: left;">Onde houver um acidente envolvendo material radioativo, pode apostar que lá estará Robert Peter Gale. O oncologista e hematologista americano de 66 anos é uma das maiores autoridades em tratamento de vítimas da radiação. Em 1986, ele se ofereceu ao governo da então União Soviética para ajudar os médicos locais no desastre de Chernobyl. Um ano depois, veio ao Brasil para fazer parte da equipe responsável por monitorar os contaminados pelo césio-137 em Goiânia – o material vazou de um aparelho de radioterapia abandonado e confundido como sucata por catadores de lixo. </div><br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-jG4KBSusY_s/T2IVsE3YRPI/AAAAAAAAAZo/_U7_rlzpsMo/s1600/robert_gale.jpeg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-jG4KBSusY_s/T2IVsE3YRPI/AAAAAAAAAZo/_U7_rlzpsMo/s1600/robert_gale.jpeg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"></td></tr>
</tbody></table>Em Fukushima, Gale chegou alguns dias depois do terremoto. Ao longo deste primeiro ano do acidente, ele esteve quase metade do tempo monitorando os riscos de contaminação. Gale está convencido de que, apesar dos transtornos da evacuação, os japoneses que vivem em torno da usina não têm por que entrar em pânico. “Estritamente do ponto de vista da saúde, é muito improvável que haja um saldo grave em Fukushima”, afirmou Gale a ÉPOCA. Ele diz que o medo diante da radiação faz as pessoas agir contra sua própria saúde. É o caso dos operários japoneses encarregados da limpeza da área evacuada, que passaram a fumar e beber para tentar relaxar. Isso, diz Gale, os deixa muito mais propensos a desenvolver um câncer do que estar exposto à radioatividade. Bem-humorado, Gale brinca com o fato de estar sempre em locais dos quais todos querem distância. “Tenho um bom seguro de vida, então minha mulher me encoraja bastante a ir a esses lugares.”<br />
<br />
<br />
<b>ÉPOCA – O senhor visitou Fukushima logo após o terremoto e esteve lá há pouco mais de um mês. O que mudou em um ano?</b><br />
<b>Robert Gale – </b>Só para deixar claro, estive lá mais ou menos durante seis meses no ano passado, não continuamente, entre cinco e dez vezes. Fui e voltei muito frequentemente, então para mim não se trata de um cenário preto no branco, sem nuances. Vi a situação evoluir. No início, meu foco era descobrir se haveria vítimas agudas da radiação. Queria descobrir se havia indivíduos que receberam doses extremamente altas de radiação e precisariam de intervenção médica imediata. No início, esse era o ponto a que todos estavam atentos. Tínhamos os recursos e as pessoas necessárias para responder a essa demanda. Felizmente, ninguém foi submetido a essa dose alta de radiação. Tivemos apenas dois operários da usina que sofreram contaminação por pisar em água radioativa. Mas ninguém chegou a adquirir uma alta dose no corpo inteiro, como ocorreu em diversos outros acidentes, incluindo Chernobyl e Goiânia. O segundo foco foi a evacuação: tirar as pessoas de lá. Agora, em uma terceira fase, estamos tratando de quando as pessoas poderão retornar, quando será seguro e se haverá infraestrutura disponível para permitir o retorno de ao menos parte das pessoas evacuadas. E, claro, continuamos atentos à exposição dos operários de Fukushima.<br />
<br />
<b>ÉPOCA – Fukushima ainda é inseguro para a vida humana?</b><br />
<b>Gale –</b> Primeiro, algum imprevisto sempre pode ocorrer com os trabalhadores. Seria um acidente extraordinário alguém se expor a uma alta dose de radiação. Mas pode acontecer. Por isso, temos medidas razoáveis para tentar proteger esses operários. Quanto à segurança das áreas ao redor de Fukushima: a maioria dos locais evacuados é potencialmente segura, do ponto de vista da radiação. Mas não há infraestrutura, não há comércio, hospitais, escolas, foi tudo abandonado. Há muita discriminação contra a produção de alimentos das áreas próximas a Fukushima. Então, as pessoas não podem retornar até o governo decidir o que fazer ali. Não é prático trazê-los de volta até esses problemas serem solucionados. Para isso ocorrer, é necessária uma decisão do governo de restabelecer essas estruturas importantes antes de deixarmos as pessoas voltarem, mesmo que a radiação que ameaça essas áreas seja muito modesta.<br />
<br />
<b>ÉPOCA – Já é possível ter uma dimensão do acidente nuclear?</b><br />
<b>Gale –</b> Se usarmos Chernobyl como parâmetro, a primeira questão é a incidência de câncer. Em Chernobyl, foram computados entre 6 mil e 7 mil casos de câncer de tireóide em crianças. Os casos apareceram entre dez e 15 anos após o acidente. Para os outros tipos de câncer e leucemia, não há evidência convincente de que os números aumentaram. Pode ter ocorrido, é claro, mas o número é tão baixo que não conseguimos detectar. Isso não significa que não tenha ocorrido ou que não ocorrerá, pois cânceres relacionados à explosão da bomba atômica de Hiroshima e Nagasaki foram aumentar ou aparecer 50 anos depois. Alguém poderia argumentar que só se passaram 25 anos de Chernobyl, então é muito cedo; nós ainda não vimos, mas veremos. Em todo caso, dadas as proporções, com exceção dos casos de câncer de tireoide, os números de Chernobyl não são tão impressionantes. No caso de Fukushima, a liberação de radiação foi dez vezes menor. E o número de pessoas expostas foi centenas de vezes menor. Além disso, as causas dos cânceres de tireoide em Chernobyl, entre elas a ingestão de leite contaminado, não ocorreram em Fukushima. Então, eu diria que as consequências a longo prazo em Fukushima serão muito modestas. Claro que há desdobramentos graves, como o deslocamento de milhares de pessoas, a privação de sua rotina, além das dificuldades financeiras. Estritamente do ponto de vista da saúde, é muito improvável que haja um saldo grave em Fukushima.<br />
<br />
<b>ÉPOCA – O senhor costuma dizer que há uma reação exagerada a acidentes nucleares. Não é melhor pecar pelo excesso de zelo?</b><br />
<b>Gale – </b>É preciso achar um equilíbrio. Vou dar um exemplo: todos os operários com quem conversei em Fukushima me disseram que estão fumando substancialmente mais por estarem preocupados com a radiação. Alguns começaram a fumar ou beber. Fazem isso para tentar relaxar. No dia a dia, o risco causado à saúde pelo fumo é centenas de vezes superior ao causado pela radiação. Então, exagerar o risco da radiação às vezes leva a comportamentos que, na verdade, causam dano às pessoas. Se evacuarmos 1 milhão de pessoas, teremos acidentes e mortes nas estradas e coisas desse tipo. Não temos de dizer que os riscos não existem. Mas temos de entender o risco num contexto de outros riscos existentes para essas pessoas. Todo ano, nos Estados Unidos, temos perto de 6 mil mortes causadas por distração de motoristas no trânsito. E não estamos proibindo carros, porque entendemos o risco de dirigir um carro. É a mesma coisa. Claro que existem riscos, mas temos de colocá-los em contexto.<br />
<br />
<b>ÉPOCA – O senhor citou o exemplo dos operários de Fukushima. Depois do acidente de Chernobyl, houve casos de aborto forçado até na Polônia, a milhares de quilômetros, por temor de que os bebês nascessem contaminados. Por que há tanto medo da radiação?</b><br />
<b>Gale –</b> Isso é terrível, porque sabemos, a partir da experiência das bombas atômicas sobre o Japão, que danos ao feto só ocorreram em casos de exposição a doses extremamente altas de radiação, uma dose a que ninguém teria sido exposto em Chernobyl e a que certamente ninguém terá sido em Fukushima. O aconselhamento ao aborto foi feito sem nenhuma base científica. Sobre o medo, acredito que tenha algo a ver com o fato de a maioria dos riscos potenciais para nós ser facilmente percebida. Fogo, altura, furacões. Nós podemos perceber essas coisas. Mas não a radiação. Se eu submeter você a uma dose de radiação 200 vezes superior à normal, você não sentirá nada. Não há percepção do risco.<br />
Isso angustia as pessoas. Agora, se eu pedir uma tomografia para examinar seu abdome, você provavelmente não recusará. Mas a dose de radiação que você receberá será muito maior do que qualquer um recebeu de Fukushima.<br />
<br />
<b>ÉPOCA – O senhor tem aconselhado o governo japonês sobre como lidar com o acidente. As medidas adotadas foram adequadas?</b><br />
<b>Gale –</b> Teve um lado bom e um ruim. Algumas coisas foram muito bem feitas, outras nem tanto. A evacuação foi muito eficiente, e a decisão do tamanho da área de isolamento (atualmente um raio de 20 quilômetros em torno da usina) também foi uma boa decisão. Mas houve muita confusão na divulgação de informações sobre contaminação de água e comida. Muitos dados, que depois se provaram incorretos, foram divulgados. Não estava claro quem estava no comando. Queremos manter as pessoas informadas, mas temos de dar informações que sejam úteis e não as deixem mais confusas. Quando você divulga três vezes por dia quantos becqueréis (unidade de medida de radiação) por litro há na água, é muita informação, e as pessoas não usam isso.<br />
<br />
<b>ÉPOCA – Então é melhor não divulgar?</b><br />
<b>Gale –</b> Não é melhor não divulgar, mas a informação tem de ser contextualizada, colocada em termos nos quais as pessoas vão entender. Se eu te falar que um copo d’água tem 500 becqueréis de césio por litro, você não sabe o que fazer com isso e a situação parece ruim. Então eu explico que você teria de beber cerca de seis litros dessa água todos os dias, por quatro meses, para adquirir a mesma radiação de alguém como uma aeromoça que faz o voo de São Paulo para Nova York durante um ano todo. Quando a informação é colocada dessa maneira, você pensa: ok, eu não gostaria de beber essa água por quatro meses, mas se eu beber um copo, não vou cair morto. Portanto, é preciso traduzir essa linguagem de dados que ninguém entende, mas as agências regulatórias e os governos não fazem isso. Eles não explicam qual seria o risco, apenas te dão um número e dizem qual é o limite. Mas isso não é o que você quer saber. Se eu disser que o limite é 500 becqueréis por litro e que uma coisa tem 660, você vai presumir que é ruim. E quando eu disser que outra coisa tem 400, você vai achar que está tudo bem. Mas não é isso que você quer saber. Você quer saber qual o risco pra você. E é claro que, se você beber aquele copo d’água, nada vai acontecer com você. Mas, se você beber essa água pro resto da sua vida, alguma coisa pode acontecer com você.<br />
<br />
<b>ÉPOCA – É seguro beber água ou comer vegetais de Fukushima?</b><br />
<b>Gale –</b> Claro. Toda comida tem algum tipo de radiação. Estamos comendo alimentos radioativos e bebendo água radioativa o tempo todo. A discussão na verdade é sobre a quantidade (de radiação). Não há nenhum tipo de água radioativa quevocê possa ter acesso, como cidadão comum, que tenha uma quantidade que cause dano. Pode tomar um copo, ou dez, ou até 100 e não vai causar dano. É impossível. Mas, talvez bebendo a vida inteira, ela pode ser danosa.<br />
<br />
<b>ÉPOCA - A população japonesa é mais consciente dos riscos da radiação?</b><br />
<b>Gale – </b>Sim, as pessoas lá estão muito atentas. Elas vão aos supermercados com medidores de radiação e coisas assim. Mas existe algo que acontece no Japão que é um pouco diferente dos outros lugares. Se você pensar em comida japonesa, o conceito de pureza dos alimentos é fundamental. Isso não é verdade se você pensar na culinária brasileira ou americana, mas essa questão de pureza no sabor e pureza nesses pequenos pratos sem nenhum molho é muito importante. Isso faz com que a ideia de radiação em sua comida ou água seja muito mais problemática em suas mentes do que seria em outros locais. É um problema muito mais sensível no Japão.<br />
<br />
<b>ÉPOCA – O acidente com o césio-137 em Goiânia, que deixou quatro mortos e ao menos 250 pessoas contaminadas naquela época, completará 25 anos em setembro. O senhor sabe como estão as pessoas que passaram pela sua avaliação?</b><br />
<b>Gale –</b> Não, não tive um acompanhamento de longo prazo dessas pessoas. Quando falamos de césio, dizemos que sua meia-vida (tempo necessário para que se reduza à metade a quantidade de átomos radioativos em um certo reagente) é de cerca de 30 anos. Isso implica que o césio estará presente por um bom tempo. Essa seria sua meia-vida física: se você colocar césio num tubo de ensaio ou num copo em cima da sua mesa, ele será perigoso por 300 anos, porque normalmente uma substância segue ativa por dez meias-vidas. Mas, quando o césio entra em seu corpo, o corpo o excreta em cerca de 70 dias. Então, se considerarmos essa ideia de dez meias-vidas, daria 700 dias, ou quase dois anos. Como o acidente em Goiânia foi em 1987, as pessoas contaminadas por césio já estariam livres da substância em 1989. Elas não ficam contaminadas para sempre.<br />
<br />
<b>ÉPOCA – Elas ainda correm algum risco de terem câncer?</b><br />
<b>Gale – </b>Elas estão sob risco dependendo da dose de césio que ingeriram ou com que entraram em contato entre 1987 e 1989. Então, dependendo da dose, ainda é possível que ocorra algo. Mas elas não estão mais expostas ao césio.<br />
<br />
<b>ÉPOCA – O senhor retornou a Goiânia depois do acidente?</b><br />
<b>Gale - </b>Não, não voltei. Eu voltei ao Brasil algumas vezes, mas não recentemente. Eu não sei se alguém se tornou responsável pelo acompanhamento dessas pessoas. Deveria ser feito, é claro, e é uma tarefa pequena. No caso de Chernobyl, nós tivemos de acompanhar meio milhão de pessoas pelo resto da vida delas. No caso das bombas atômicas, são mais de 100 mil pessoas. Então, acompanhar algo como 250 pessoas em Goiânia não é um grande desafio. Nós sabemos quem eles são, então é possível fazê-lo, mesmo que se comece agora.<br />
<br />
<b>ÉPOCA – O senhor se expõe constantemente à radiação quando visita regiões atingidas por um acidente nuclear. Não tem medo?</b><br />
<b>Gale – </b>Tenho um bom seguro de vida, então minha mulher me encoraja bastante a ir a esses lugares (risos). Piadas à parte, os médicos estão expostos a riscos o tempo todo. E temos uma fantasia de que somos invulneráveis. Já que tratamos de pessoas com câncer e pacientes morrem ao nosso redor o tempo todo, temos essa ideia de que isso não vai acontecer conosco. Tento não me preocupar muito com isso. Na verdade, quando minha mulher dirige a 160 quilômetros por hora numa rodovia deserta em Montana (Estado americano), uma coisa que ela gosta de fazer, aí sim eu me preocupo. Quando existe uma política implementada, como o uso de roupas de proteção em usinas, faço o que todos ali fazem, claro, porque não quero ser exceção à regra ou ser visto como um privilegiado. Mas não, não sei qual a dose que recebi em um determinado acidente ou outro.<br />
<br />
<b>ÉPOCA - Em Chernobyl, o senhor deixou de usar a roupa de proteção porque ela o fazia caminhar mais devagar, ficar mais tempo na área contaminada e, supostamente, estar mais exposto à radiação. E preferiu entrar com roupas comuns. Isso fazia sentido?</b><br />
<b>Gale –</b> Muito interessante você falar disso. No acidente de Goiânia, nós lidamos com uma situação muito excepcional, na qual os próprios pacientes eram radioativos. Normalmente, nós tratamos pessoas que foram expostas à radiação, mas não são radioativas. Mas em Goiânia eram pessoas radioativas, porque tinham incorporado o césio (uma menina de seis anos ingeriu o pó de césio e morreu pouco mais de um mês depois). Então, eram capazes de submeter os médicos que as tratavam a doses de radiação. É uma situação muito pouco usual. A princípio, quando chegamos para atender esses pacientes, achamos que usaríamos roupas de proteção. Mas rapidamente ficou claro que isso não funcionaria. Quando você está tentando tratar uma criança, vestindo um escudo vermelho, não conseguirá atendê-la de maneira adequada. Atrás desse escudo, você não consegue examinar o paciente direito. Então, nós a principio tínhamos essa ideia, mas depois de um dia ficou muito claro que não funcionaria. Aí nós simplesmente mandamos a proteção para o inferno. É claro que não expomos nenhuma médica, ou médica grávida, a esse trabalho. Mas nós decidimos que íamos simplesmente cuidar dos pacientes, independentemente da radiação.<br />
<br />
<b>ÉPOCA – Há muitos estudos questionando o risco de contrair câncer por conta da radiação vinda de celulares e outros aparelhos. O que há de concreto nisso?</b><br />
<b>Gale – </b>Acho que a maioria de nós não percebe o quão frequentemente esses aparelhos tecnológicos, pelos quais nós estamos cercados o tempo todo, usam radiação. Por exemplo, um detector de fumaça. Se você tem um em casa, você tem um aparelho radioativo, ele usa radiação. Os sinais luminosos de “saída” também são radioativos. Usam trítio (radioisótopo do hidrogênio), por isso são brilhantes e luminosos. Então, existem centenas de aparelhos radioativos em nosso dia-a-dia e isso não é novo. Nós sabemos que os detectores de fumaça salvam muito mais vidas em comparação ao prejuízo causado pela radiação que eles liberam. No caso de celulares e similares, a evidência disponível não é convincente. Não existe nenhum mecanismo biológico ao qual eles poderiam causar dano. Em minha opinião, existe um exagero. Sem dúvida nenhuma, muito mais pessoas vão morrer atropeladas por alguém distraído falando no celular do que vão morrer indivíduos pela radiação do aparelho.<br />
<br />
<b>ÉPOCA - Então não estamos mais vulneráveis ao câncer?</b><br />
<b>Gale –</b> Bom, os índices de câncer estão aumentando. Parte disso é porque nós resolvemos outros problemas, como doenças relacionadas à idade. As pessoas estão vivendo cada vez mais, então nós podemos esperar mais casos de câncer. Nós sabemos que muitas vezes nós causamos o câncer. É o caso do fumo. Se de fato estivermos comprometidos em acabar com essa doença, então todo governo deveria banir os cigarros. Algo como 10% dos cânceres estão relacionados ao cigarro. Há também outras substâncias químicas, como benzeno, que causam câncer, e você deve controlá-las. Claramente, existem diversas intervenções preventivas que são muito mais importantes do que pensar nos celulares.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7046850563793232843.post-2049717400301128032012-03-10T08:44:00.001-03:002012-03-10T08:46:26.206-03:00A família Curie e as mulheres na ciência<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-SQoAEYHTUI0/T1s7_PLCmkI/AAAAAAAAAZg/KUslSrWReLs/s1600/bolo_de_aniversario_de_1_ano.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="152" src="http://4.bp.blogspot.com/-SQoAEYHTUI0/T1s7_PLCmkI/AAAAAAAAAZg/KUslSrWReLs/s200/bolo_de_aniversario_de_1_ano.jpg" width="200" /></a></div>É com grande satisfação que anuncio que o Blog, que completa um aninho esse mês, ultrapassou a marca das <b>10 mil visualizações</b>! Obrigada aos que me apoiaram nessa jornada pela divulgação da área nuclear em português.<br />
<br />
Escolhi dois vídeos para a nossa comemoração. O primeiro fala dos primórdios da pesquisa na área através da família Curie. Já o segundo, fala um pouco sobre as mulheres na ciência. <br />
<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="360" src="http://www.youtube.com/embed/nqXguKTFa0c?rel=0" width="480"></iframe><br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="360" src="http://www.youtube.com/embed/Wbr2E3NtXJo?rel=0" width="480"></iframe><br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="360" src="http://www.youtube.com/embed/GjG4tfSa-ww?rel=0" width="480"></iframe><br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="360" src="http://www.youtube.com/embed/RSQVYAi3BN4?rel=0" width="640"></iframe><br />
<br />
<br />
Gostou? Então, ajude-me a divulgar o Blog - rumo às 100 mil visualizações!!!<br />
<br />
<br />
<b>Para saber mais:</b><br />
<br />
<a href="http://revistapesquisa.fapesp.br/?art=4575&bd=1&pg=1&lg=">Ciência, palavra (pouco) feminina</a>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7046850563793232843.post-48133877905227143602012-03-08T18:00:00.002-03:002012-03-08T18:01:38.654-03:00Dica de livro: Energia Nuclear - Uma tecnologia femininaNo dia das mulheres, o assunto só pode ser elas! E para falar da contribuições das mulheres na área nuclear, trago uma dica de livro: Energia nuclear - Uma tecnologia feminina. <br />
<br />
As histórias de pioneiras como Marie Curie, que descobriu a radioatividade, Ida Noddack, a primeira a sugerir a ideia de fissão nuclear e Lise Meitner, que comprovou a fissão, são contadas no livro. <br />
<br />
O autor, ao destacar o importante papel dessas e de outras mulheres na área, conta-nos a história da energia nuclear, desde seus primórdios no início do século passado. <br />
<br />
Boa leitura e um ótimo dia das mulheres!<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-aDVY1_N8eIE/T1kdnsPrF0I/AAAAAAAAAZE/vI7w-xO6fn0/s1600/energia-nuclear.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://1.bp.blogspot.com/-aDVY1_N8eIE/T1kdnsPrF0I/AAAAAAAAAZE/vI7w-xO6fn0/s320/energia-nuclear.jpg" width="130" /></a></div><br />
<b>Nome do livro:</b> Energia Nuclear: Uma Tecnologia Feminina<br />
<br />
<b>Autor:</b> Jonathan Tennenbaum <br />
<br />
<b>Ano:</b> 2000<br />
<br />
<b>Editora:</b> Capax Dei<br />
<br />
<a href="http://www.blogger.com/%20http://www.capaxdei.com.br/energia-nuclear-uma-tecnologia-feminina.html"><b>Preço:</b> R$ 50,00</a>Unknownnoreply@blogger.com0